A prévia da inflação oficial alcançou 0,19% em agosto, abaixo dos 0,30% registrados em julho, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE.
Nos últimos 12 meses, a variação acumulada pelo IPCA-15 foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,28%.
Oito dos nove grupos pesquisados tiveram alta em agosto, com Transportes sendo o grupo que registrou a maior variação (0,83%) e o maior impacto (0,17 ponto percentual) na composição do IPCA-15.
Em seguida, destacam-se os grupos Educação (0,75% e 0,05 p.p.) e Artigos de residência (0,71% e 0,03 p.p.).
A variação do grupo Transportes foi influenciada pelos combustíveis (3,47%), principalmente pela gasolina (3,33% e 0,17 p.p.), mas o etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%) também subiram de preço. Já as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,63% e -0,03 p.p.).
Em Educação, os cursos regulares subiram 0,77% principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%), enquanto o avanço do item cursos diversos (0,47%) foi afetado pelos cursos de idiomas (0,96%).
No grupo Habitação (0,18%), o principal impacto veio do gás de botijão (1,93% e 0,02 p.p), além da alta taxa de água e esgoto (0,13%) e do subitem gás encanado (0,17%). Já a tarifa de energia elétrica residencial passou de 1,20% em julho para -0,42% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde.
O único grupo que apresentou queda no período foi Alimentação e bebidas (-0,80% e -0,17 p.p.).
A alimentação no domicílio (-1,30%) apresentou queda mais intensa do que a de julho (-0,70%) por conta da queda nos preços do tomate (-26,59%), da cenoura (-25,06%), da batata-inglesa (-13,13%) e da cebola (-11,22%). No lado dos subitens em alta, destaca-se o café moído (3,66%).
A alimentação fora do domicílio (0,49%) acelerou ante o visto em julho (0,25%), em virtude das altas mais intensas do lanche (de 0,24% em julho para 0,76% em agosto) e da refeição (0,23% em julho para 0,37% em agosto).