Ocupação do Incra visa fazer pressão em Governo Federal para avançar na Reforma Agrária. Foto: MST Alagoas.

Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

Dando continuidade à agenda de mobilização na capital alagoana, 2 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam nesta tarde a Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro de Maceió (AL). 

Presentes na cidade desde o último domingo (20), quando realizaram a ocupação da Secretaria de Agricultura (SEAGRI), as camponesas e os camponesas pautam um conjunto de demandas para desenvolvimento dos assentamentos rurais e resolução da situação das famílias que ainda vivem acampadas no estado.

Retomando um conjunto de pautas já conhecidas pela superintendência, os movimentos demandam especialmente em três áreas de competência do órgão: desenvolvimento dos assentamentos, regularização fundiária e obtenção de terras.

“Essa não é a primeira vez que ocupamos o INCRA esse ano e se nossas demandas não foram resolvidas, não será a última”, destacou Renildo Gomes, da direção nacional do MST. “Precisamos que a superintendência dê o devido retorno às demandas dos movimentos do campo, respeitando e levando em consideração as reais necessidades dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária”.

A mobilização que é organizada pela Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Via do Trabalho (MVT), Movimento Terra Livre e Comissão Pastoral da Terra (CPT), demanda a imediata resolução do INCRA das principais reivindicações dos assentamentos e acampamentos de todo o estado.

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Semana Camponesa

A mobilização em Maceió integra a Semana Camponesa, ação nacional que reúne atividades em todas as regiões pautando a agenda da Reforma Agrária. Sob o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular”, a Semana Camponesa organiza um conjunto de lutas para pressionar o avanço da Reforma Agrária no âmbito estadual e nacional, bem como de diálogo com a sociedade.

Entre as pautas da Semana Camponesa, a jornada de luta pretende debater ainda, além da criação de novos assentamentos, a liberação de políticas públicas para avançar na produção de alimentos, fortalecimento do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) e reafirmar o papel da Reforma Agrária como política fundamental na defesa da soberania nacional.

*Editado por Pamela Oliveira.

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Last Update: 22/07/2025