O jornal Yedioth Ahronoth divulgou um relatório recente, que aponta que pelo menos 10.000 soldados israelenses foram mortos ou feridos gravemente pelo Hamas durante os dez meses de confronto após o início da operação Dilúvio de al-Aqsa.
O relatório acrescenta que cerca de mil soldados se juntam à lista de feridos e feridos psicologicamente no departamento de reabilitação do Ministério de Defesa. A insatisfação com o exército foi pauta do documento publicado. Segundo o jornal israelense, o parlamento não deixou de recrutar via alistamento obrigatório, o que tem gerado uma crise interna no exército, deixando frustrados até mesmo os soldados regulares. Para corroborar os dados apresentados, foi entrevistado o pai de um soldado de elite de “Israel”, que atualmente está operando na ofensiva à Rafá:
“Nunca houve uma situação como esta na história das guerras israelenses, nem mesmo em 1948, em que os soldados lutaram sob condições desfavoráveis por dez meses consecutivos.”
A matéria jornalística aponta que mulheres que seriam dispensadas em setembro, serão obrigadas a servirem mais quatro meses. Os dados israelenses apontam que, mesmo com toda censura militar, mais de 690 oficiais foram mortos pelos combatentes das brigadas al-Qassam e outros combatentes da resistência a ocupação sionista. Os números são subestimados e ocultados, segundo Yedioth Ahronoth, pelo próprio exército para não gerar uma crise ainda pior.
Quais são os números reais?
No início de junho, com o advento de uma crise enorme, o exército passou a convocar, ao invés de 300.000 reservistas, 350 mil reservistas. Além disso, são constantes as denúncias de alistamento obrigatório e de recusa por parte da população amedrontada. Dado as consequentes derrotas militares, a realidade tende a escancarar que o número de mortos é muito maior do que foi denunciado pelo jornal sionista.
Um indicativo da crise israelense é a política desesperada de arrastar o Oriente Médio para uma guerra generalizada. Quando se iniciou a operação Dilúvio de Al-Aqsa, a retórica sionista na grande imprensa era sobre o “esmagar” o Movimento de Resistência Islâmica, Hamas. No entanto, “Israel” conseguiu apenar massacrar civis desarmados, principalmente crianças. Até o momento, foram assassinados cerca de 41.000 pessoas, destas: 15.000 crianças e 8.400 mulheres. Além disso, na última semana “Israel” atacou a capital do Líbano, o Iraque e assassinou em território iraniano de maneira covarde o líder do Hamas, Ismail Hanie. O animal, acuado, recorre a métodos bárbaros, o que não retarda, nem por um momento, seus momentos finais.
O grupo de resistência, FPLP, ao se pronunciar, colocou que a crise de “Israel”, com seus crimes de guerras se intensificará:
“O Eixo da Resistência está totalmente preparado para a confrontação e vejo que as coisas estão a evoluir no sentido de uma escalada máxima da confrontação. O governo inimigo vai se arrepender do pecado que cometeu ao assassinar Ismail Hanié e ao atacar a soberania iraniana. O assassinato do mártir Ismail Hanié não poderia ter sido levado a cabo sem a cobertura norte-americana. Dizemos ao mártir, o comandante Ismail Hanié, que durma bem e não se preocupe, e prometemos-lhe que continuaremos a luta e a resistência“.
O Hamas e as demais organizações de resistência estão impondo a maior derrota a “Israel”, desde sua fundação, em 1948. A operação Dilúvio de Al-Aqsa, que conta para além do Hamas, com o Hesbolá, Jiade Islâmica, Iêmen, FPLP, FDLP e o povo palestino de conjunto, colocou em cheque a existência do estado sionista de “Israel”. O próprio Haaretz, o principal jornal israelense, conforme publicado neste Diário, publicou em manchete questionando se “Israel” completa os 100 anos.
A posição contida dos sionistas evidenciam que a crise é ainda maior, não à toa o imperialismo está custeando e sustentando por meio do envio de armas e bilhões de dólares a guerra que mais assassinou crianças na história.