De acordo com o jornal The New York Times, militares dos Estados Unidos acreditam que “Israel” já realizou “o máximo” de suas capacidades bélicas em Gaza, com os ataques aéreos israelenses colocando cada vez mais civis em perigo, ao mesmo tempo em que oferece perspectivas cada vez mais limitadas de enfraquecer o Hamas.
O método de citar “fontes” é comum na imprensa imperialista toda vez que ela quer implantar uma informação ou apresentar a sua opinião. Uma vez que não seria do interesse do imperialismo apresentar o seu aliado como enfraquecido, pode-se concluir que o objetivo do artigo é justamente chamar a atenção de “Israel” que não é mais possível esconder o seu fracasso.
O jornal citou tanto militares norte-americanos e israelenses atuais quanto antigos, sugerindo que um dos principais objetivos de “Israel”, que seria a recuperação de cerca de 115 reféns ainda mantidos em Gaza desde 7 de outubro, não poderá ser alcançado por meios militares.
Determinado em pressionar “Israel” para que entre em um acordo, o jornal chega até a citar uma de suas “fontes”, o general Joseph L. Votel, ex-chefe do Comando Central dos EUA, que disse que o poder do Hamas foi “diminuído”, mas que a liberação dos reféns israelenses restantes só poderia ser assegurada por meio de negociações.
Quanto ao poder do Hamas ter sido “diminuído”, já não se pode dizer o quanto disso é procedente. Ao que tudo indica, é apenas parte da política do jornal norte-americano, que tenta ainda ser amigável com o governo israelense, e também parte da campanha imperialista de pressão contra o grupo guerrilheiro, na tentativa de conter o crescente apoio internacional ao partido palestino.
Seguindo o mesmo caminho, um jornal britânico, o Financial Times, citou um diplomata que disse que o principal desafio está em saber se os EUA podem persuadir o primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu a “aceitar suas vitórias e recuar” de suas demandas adicionais. “Todos sabem o que Netanyahu não quer, mas ninguém sabe o que ele quer”, teria dito uma fonte do jornal britânico.
Segundo The New York Times, na terça-feira (13), o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin III, conversou com o ministro de Segurança de Israel, Yoav Gallant, sendo que este último teria questionado o objetivo do primeiro-ministro Netanyahu de uma “vitória total” sobre o Hamas. O jornal disse que Austin e outros oficiais do governo Biden estão alinhados com a posição de Gallant de que um acordo de cessar-fogo que assegure o retorno dos reféns está no “melhor interesse de Israel”.
“‘Israel conseguiu interromper o Hamas, matar vários de seus líderes e reduzir amplamente a ameaça a Israel que existia antes de 7 de outubro’, indicou o general Joseph L. Votel, ex-chefe do Comando Central dos EUA, em uma entrevista ao The Times, alegando que o poder do Hamas foi ‘diminuído’. No entanto, Votel observou que a liberação dos reféns israelenses restantes só poderia ser assegurada por meio de negociações.”