Aquela máxima de que a “cadela do fascismo está sempre no cio” serve também para a imprensa brasileira, que nunca descansa quando o assunto é apoiar os interesses do imperialismo. No jornal golpista Estado de S. Paulo, neste domingo (15), foi publicado como “Opinião” o texto Israel exerce o direito de se defender, que é uma defesa do Estado genocida de “Israel”.
O texto começa, como é de costume, com uma falsificação, dizendo que “em 1981, quando a Força Aérea de Israel destruiu o reator nuclear de Osirak, no Iraque de Saddam Hussein, houve muitas manifestações de indignação na comunidade internacional. Em 2007, o mesmo se repetiu após o bombardeio às instalações nucleares secretas do regime sírio. Mas o tempo se encarregou de mostrar quem estava certo”.
Quem estava errado, como ser encarregou o tempo de mostrar, era o sionismo, o braço armado do imperialismo no Oriente Médio. O Iraque tinha um programa nuclear que era conhecido e foi retomado. Toda a história de que o país preparava armas de destruição em massa foi desmascarada.
De nada adiantou o Iraque ter autorizado a inspeção de suas instalações, pois o circo já estava armado. Utilizaram histórias falsas de bebês sendo mortos em UTIs pelos iraquianos, e até mesmo a cena grotesca do então secretário de segurança dos EUA, Colin Powell, que foi à reunião do Conselho de Segurança da ONU com um vidrinho com um pó branco (sabão em pó) que ele alegava ser Antraz produzido pelos iraquianos.
O Estadão sabe que mente, pois as tais armas de destruição em massa jamais foram apresentadas; nem poderiam, pois nunca existiram.
O ataque à Síria segue o mesmo padrão, “Israel” ataca indiscriminadamente seus vizinhos alegando autodefesa, e nada acontece, pois está sob a asa do imperialismo.
Quando esse jornal golpista diz que “o ataque israelense contra o Irã na madrugada de 13 de junho deve ser compreendido pelo que é: um ato preventivo de legítima defesa e um serviço à segurança regional e global”, é apenas uma continuação de suas publicações falaciosas.
Alega-se que “a operação Leão em Ascensão, que envolveu cerca de 200 aeronaves e mais de uma centena de alvos, teve como objetivo impedir que a teocracia xiita que governa o Irã desde 1979 alcance a capacidade de fabricar armas nucleares”.
Esse jornal se ressente que a Revolução Iraniana, retirou do poder um ditador capacho do imperialismo, o xá Reza Pahlev, frustrando assim os planos de saque das riquezas iranianas por parte das potências imperialistas, especialmente Estados Unidos e Reino Unido.
Fazendo propaganda do regime sionista, o Estadão diz que “realizada com precisão cirúrgica, a ofensiva atingiu centros de enriquecimento de urânio em Natanz, instalações de mísseis balísticos, depósitos militares, centros de comando e a cúpula do aparato militar iraniano, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe do Estado-Maior, Mohammad Bagher”.
O que o jornal esconde é que essa prática de “Israel” se chama terrorismo. Matou cientistas e oficiais que não estavam em guerra contra o país. Mais um ato covarde acobertado por uma imprensa igualmente criminosa.
Mais falsificações
Outra falsificação grosseira é o trecho que diz que “o momento foi calculado. Após quase 20 meses de confronto aberto com os braços armados de Teerã – Hamas, Hezbollah, Houthis –, Israel obteve superioridade tática. O Irã, isolado, exaurido, com sua defesa aérea degradada por ataques anteriores, vivia um raro momento de vulnerabilidade”. Não havia confronto aberto e dizer que o Eixo da Resistência era um braço do Irã serve apenas para tentar justificar as agressões sionistas.
Dizem ainda que “Tel Aviv avaliou que a janela de oportunidade seria curta. E que esperar mais significaria correr o risco de uma bomba nuclear na mão de quem prometeu aniquilar Israel”. O que o governo sionista fez foi um ato de desespero. Mergulhado em uma crise que se aprofundava a cada dia, Netaniahu partiu para a guerra como uma tábua de salvação, sabendo que os Estados Unidos terão que vir em seu socorro.
Quanto o risco de bombas nucleares, “Israel” possui ogivas e ninguém da ONU teve a ideia de inspecionar o país.
Em que esse jornal se sustenta quando diz que “o histórico do regime iraniano justifica o ceticismo em relação às vias diplomáticas”? Desafiamos esse capacho do imperialismo a dizer qual guerra o Irã iniciou nos últimos 200 anos. Por outro lado, o histórico de agressões israelenses são uma constante. Basta ver o genocídio covarde que pratica contra mulheres e crianças na Faixa de Gaza.
É falsa a informação de que “Teerã violou suas obrigações no Tratado de Não Proliferação Nuclear. Há poucos dias, a Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que o Irã está enriquecendo urânio em níveis próximos ao grau militar, operando instalações secretas e ocultando informações”. Essa agência está sob controle do imperialismo. São os mesmos que mentiram sobre as armas de destruição em massa iraquianas.
Mesmo que o Irã estivesse, ou esteja, mantendo um programa nuclear com fins militares, é direito inalienável, pois se trata de um país soberano.
A indústria do Holocausto
Como sempre, os defensores do sionismo propagam a falsa ideia de que os judeus estariam sob risco de um novo Holocausto. Os sionistas se apropriaram da tragédia que ocorreu com judeus na II Guerra Mundial para praticarem todo tipo de crimes, como o genocídio contra o povo palestino. Mentem que haja uma ameaça constante e prometem que “não haverá um segundo Holocausto por omissão”.
O jornal, mesmo no meio de suas mentiras, deixa escapar que os sionistas agem tentando controlar militarmente o Oriente Médio. A parte cômica é quando diz que os genocidas e ladrões de terra podem até mesmo criar “condições futuras mais realistas para um Estado palestino estável”. Acredite quem quiser.
Segundo o jornal, “Israel agiu sozinho, mas não agiu só por si”. Ao que tudo indica, pode mesmo ter agido sozinhos e criaram um fato consumado. Mas isso pode ter dado início a uma guerra regional. As consequências não podem ser conhecidas.
Finalizando, o Estadão diz que “o dia 13 de junho de 2025 pode marcar o início de uma nova era no Oriente Médio, menos marcada pela chantagem e mais próxima de uma estabilidade duramente conquistada. O tempo dirá”. Se esquecem de dizer que a guerra iniciada pelos sionistas é em si uma chantagem.
Quanto a uma nova era, pode ser, é bem provável que os sionistas tenham acelerado a desagregação do Estado de “Israel”, e isso seria, sim, um fator de estabilidade para a região.