Andrii Portnov, ex-assessor do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych e rival de Volodymyr Zelensky. Foto: Reprodução

Andrii Portnov, um rival do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi morto a tiros na manhã desta quarta (21) na região de Madri, na Espanha. Ele serviu como assessor e braço-direito de Viktor Yanukovych, o presidente favorável à Rússia que foi derrubado no começo de 2014 pelas forças pró-europeias em Kiev.

O crime ocorreu às 9h15 (4h15 em Brasília), em Pozuelo de Alarcón, uma das cidades mais ricas do país, conhecida por abrigar condomínios de luxo. A polícia ainda não confirmou o número de atiradores nem a motivação do crime.

A imprensa local informou que ele foi morto após deixar os filhos na escola. A polícia isolou a cena do crime em um estacionamento a cerca de 150 metros do portão da Escola Americana de Madri.

Segundo relatos locais, Portnov foi alvejado enquanto entrava em seu carro. “A vítima foi baleada várias vezes ao entrar em um veículo. Várias pessoas atiraram nas costas e na cabeça dele e depois fugiram para uma área arborizada”, disse uma testemunha.

Corpo do ucraniano Andrii Portnov, assassinado a tiros em frente a uma escola em Madri, na Espanha. Foto: Reprodução

Na imprensa ucraniana, a versão mais comentada é a de um possível acerto de contas com credores ligados ao passado político e empresarial de Portnov. O jornal espanhol El Mundo também apontou que a polícia considera tanto a possibilidade de crime político quanto uma vingança ligada a dívidas.

Portnov havia deixado a Ucrânia após a queda de Yanukovych em 2014, vivendo na Rússia, Áustria e, por fim, na Espanha.

Tornou-se um alvo de críticas dos governos que sucederam o regime pró-Moscou, incluindo Petro Porochenko e Zelensky, especialmente pelo suposto envolvimento na anexação da Crimeia pela Rússia. O ex-assessor chegou a ser acusado de traição, mas o processo foi arquivado.

“Corrupção”

Em dezembro de 2021, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos incluiu Portnov em uma lista de sanções por “corrupção”.

Segundo a nota oficial, ele “cultivou conexões profundas com o sistema judiciário e as agências de segurança da Ucrânia por meio de suborno”, sendo acusado de comprar decisões judiciais e de sabotar esforços de reforma no país.

De acordo com dados do serviço migratório espanhol, cerca de 235 mil ucranianos vivem atualmente na Espanha, muitos deles refugiados da guerra iniciada em 2022. Há também uma comunidade de aproximadamente 95 mil russos no país, dos quais 16 mil chegaram após o início do conflito.

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Last Update: 21/05/2025