O governo Lula anunciou a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU, que abre inscrições nesta quarta-feira (2/07) para 3.652 vagas para diversos órgãos federais. Uma das novidades da mais nova edição do certame é que o número de mulheres que serão chamadas para a segunda etapa será igual ao de homens. Tanto nas categorias em livre concorrência, como das de cotas.

De acordo com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, a decisão levou em conta que, no último certame, embora as mulheres tenham sido maioria entre todas as pessoas inscritas (56,2%), as mulheres foram minoria na segunda fase em sete dos oito blocos. A segunda etapa do concurso convoca um número de candidatos correspondente a nove vezes o número de vagas previstas.

No concurso realizado no ano passado, no dia da primeira etapa, os dados já revelaram desistência das candidatas: elas representavam 54,6%, menos do que no ato da inscrição. Depois, apenas 39,3% foram para a segunda fase. A maior diferença, na última fase, entre os aprovados, foi no bloco e (tecnologia, dados e informação), em que ocuparam somente 8,4% entre os aprovados.

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De acordo com dados divulgados pelo governo, a segunda maior diferença foi no bloco  6 (setores econômicos e regulação), em que as mulheres representaram 25,7% entre as pessoas que ficaram com as vagas. Nas áreas de nível médio, foram aprovadas 26,2%. A única área com maioria de mulheres aprovadas foi o bloco 5 (educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos), em que elas ficaram com 60,3% dos cargos.

Jornada exaustiva

A ministra Ester Dweck destacou que muitas vezes as mulheres têm jornada dupla ou tripla e que não detém do mesmo tempo que a maioria dos homens para estudar e se planejar para o certame. “Há duas coisas importantes na literatura: uma é a dupla ou tripla jornada (das mulheres)”, o que as prejudica nos estudos e gera desigualdade. Outra questão é o tipo de prova: a discursiva exige mais a bagagem da pessoa, anos de estudo, e não só o treino específico para a prova.”

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A decisão levou em conta que as mulheres são as pessoas a quem mais é delegado o cuidado dentro de casa. “A aprovação das mulheres foi mais concentrada na faixa etária entre 35 e 45 anos”.

Outro cuidado previsto está no cuidado especial às mulheres em cursos de formação depois da aprovação. “Nos cursos que o ministério estava coordenando, a gente exigiu que tivesse uma sala de amamentação, Uma sala para as crianças ficarem com algum responsável que pudesse cuidar delas”, disse a ministra.

Da Redação, com informações da Agência Brasil

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Last Update: 01/07/2025