Líder do partido revolucionário iemenita Ansar Alá, Abdul-Malik al-Houthi elogiou na última quinta-feira (15) o apoio do Irã à causa palestina, destacando que a República Islâmica cumpre seu “dever islâmico” ao respaldar a resistência contra a ditadura sionista. Em discurso televisionado em Sana’a, Houthi afirmou que outros países muçulmanos deveriam seguir o exemplo iraniano.
“Irã segue uma abordagem islâmica louvável ao abraçar a causa palestina e apoiar os combatentes da resistência. Isso é o que todo estado muçulmano deve fazer”, declarou Houthi. “A postura do Irã é louvável, voltada a apoiar a causa palestina. A República Islâmica cumpriu seu dever ao ajudar a Palestina”, acrescentou. Ele criticou a falta de unidade árabe, que prejudica a questão palestina, com regimes sugerindo “rendição e concessões”.
Houthi destacou o Hesbolá, que, por “sacrifícios”, expulsou forças do enclave imperialista do sul do Líbano. Sobre a Nakba de 1948, afirmou: “O caráter criminoso da entidade sionista não mudou em 77 anos. A política ocidental de apoio ao regime sionista não mudou.” Ele acusou o imperialismo de usar “falsos slogans sobre direitos humanos”.
Em Gaza, Houthi denunciou a destruição de famílias, com 1.800 mortos e 7.700 feridos desde 18 de março. Ele criticou também a Autoridade Palestina por “colaborar com o inimigo sionista” e a “falta de vontade dos exércitos árabes”. Sobre negociações com os Estados Unidos, disse: “Sana’a não negociará sob circunstâncias humilhantes. Estamos comprometidos com a paz, mas não com rendição”.