As Forças Armadas do Iêmen anunciaram nesta segunda-feira (2) um novo ataque contra o regime sionista. A operação, conduzida pela Unidade de Foguetes, teve como alvo o aeroporto Ben Gurion, localizado em Telavive (território palestino ocupado, conhecido como Jafa), e foi realizada com um míssil balístico do tipo Zulfiqar. Segundo o comunicado oficial lido pelo porta-voz militar iemenita, general de brigada Yahya Saree, o míssil “atingiu seu alvo com precisão”, provocando a paralisação das atividades no terminal aéreo e forçando cerca de 4 milhões de israelenses a se refugiarem em abrigos.
A ofensiva, conforme declarado por Saree, foi uma resposta direta aos crimes do regime sionista na Faixa de Gaza — onde o massacre promovido por “Israel” já deixou dezenas de milhares de mortos — e às repetidas profanações da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. “Essa operação responde ao genocídio e à fome impostos ao povo de Gaza, bem como à violação do sagrado Al-Aqsa”, afirmou o porta-voz, acrescentando que os combatentes iemenitas continuarão a apoiar militarmente a resistência palestina enquanto persistirem a agressão e o bloqueio.
O comunicado militar destacou ainda a solidariedade ativa com as organizações armadas palestinas que combatem a ocupação. “As Forças Armadas do Iêmen continuam a acompanhar de perto os acontecimentos em Gaza, saúdam os sacrifícios do povo firme e heroico da Palestina, e prestam sua continência pan-árabe e islâmica às Brigadas al-Qassam, às Brigadas al-Quds e a todos os combatentes da resistência”, declarou Saree.
A ação de segunda-feira é parte de uma escalada contínua de ataques do Iêmen contra alvos estratégicos da entidade sionista. No domingo (1º), as Forças Armadas iemenitas já haviam anunciado uma operação de grande envergadura, também contra o aeroporto Ben Gurion, utilizando um míssil balístico hipersônico. Segundo os militares, essa ofensiva resultou igualmente na suspensão das atividades no aeroporto e na corrida de colonos israelenses aos abrigos subterrâneos.
Além dos ataques com mísseis, a Unidade de Veículos Aéreos Não Tripulados (UAV) do Iêmen executou, no mesmo período, três operações distintas com drones contra alvos vitais nas cidades Telavive (Jafa), Isdud (Ashdod) e Umm al-Rashrash (Eilat). Segundo Saree, esses ataques integram uma campanha contínua de apoio aos combatentes da Resistência Palestina e de denúncia do genocídio perpetrado em Gaza.
Ainda nesta segunda-feira, o próprio exército da ocupação confirmou a detecção de um míssil balístico lançado do Iêmen em direção aos territórios ocupados, o que provocou pânico generalizado em diversas regiões, inclusive em Jerusalém (al-Quds) e nos assentamentos ilegais do sul da Cisjordânia. Embora as forças israelenses afirmem que o míssil foi interceptado, há sinais de interrupção nos serviços e deslocamentos na área atingida.
Desde que o regime sionista reiniciou sua ofensiva genocida contra Gaza, em 18 de março, o Iêmen — sob a liderança do movimento Ansar Alá — intensificou drasticamente sua ofensiva de solidariedade com a Resistência Palestina. Foram lançados, até o momento, ao menos 44 mísseis balísticos e mais de 10 drones em direção aos territórios ocupados. Apesar de parte desses projéteis não alcançar seus alvos, as operações revelam falhas crescentes nos sistemas de defesa do regime e têm provocado sucessivas paralisações de infraestrutura crítica, além de alimentar o clima de instabilidade entre os colonos.