O Brasil avançou cinco posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e agora ocupa a 84ª posição no ranking, com um valor de 0,786, segundo dados referentes a 2023. Com essa melhora, o Brasil entra na categoria de “alto desenvolvimento humano“, que corresponde a valores entre 0,7 e 0,799.
O IDH é um índice que varia de zero a um (quanto mais próximo de um, melhor) e busca medir o desenvolvimento humano para além da renda, incluindo saúde e educação.
Lavínia Barros de Castro [foto], economista e assessora da presidência do BNDES, afirmou em entrevista ao GGN, na noite de terça (6), que a notícia é boa para o país, que melhorou mais do que a média mundial.

Segundo Lavínia, o país está acima da média da América Latina e Caribe, mas na média da América do Sul. Em comparação com outros países da região, o Brasil está atrás do Chile (45ª posição), Argentina, Uruguai, Peru e Colômbia, mas à frente do Paraguai e da Bolívia.
Embora o Brasil esteja classificado como “alto desenvolvimento humano”, é importante observar que o país ainda enfrenta desafios significativos em áreas como desigualdade social, educação e saúde, que impactam diretamente a qualidade de vida da população.
Os fatores que impulsionaram o Brasil
Na análise da economista, a melhoria do Brasil no IDH foi impulsionada principalmente por dois fatores: o aumento da expectativa de vida ao nascer (que subiu de 74,87 para 75,85 anos, também ligada à redução da mortalidade infantil) e o aumento da renda bruta per capita (que saiu de R$ 17,5 mil para R$ 18 mil).
Lavínia observou que, embora melhorias na educação não tenham sido significativos no avanço do Brasil, o ganho geral do Brasil neste último ranking foi muito grande comparado ao aumento percentual acumulado desde 1990.
Mundo está ainda mais desigual
Lavínia afirmou na entrevista ao jornalista Luis Nassif que o ponto do relatório que mais lhe chamou a atenção não foi tanto a melhora do Brasil, mas o fato de que o mundo avançou muito mais lento do que o necessário e “a distância entre os países pobres e ricos aumentou”.
Para a analista, o contexto global de guerras, desastres climáticos e problemas econômicos (falta de financiamento e endividamento para países pobres) puxou os indicadores globais para baixo.
Apesar desses problemas, o relatório demonstrou otimismo em relação à inteligência artificial como algo que pode melhorar muito a situação e “salvar a pátria”, esperando-se que aumente a produtividade.
Que indicadores compõem o IDH?
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um índice que varia de zero a um (quanto mais próximo de um, melhor) e busca medir o desenvolvimento humano para além da renda. Ele é composto por três dimensões principais:
- Saúde: Medida pela expectativa de vida ao nascer (longevidade).
- Educação: Composta por dois indicadores:
- O número médio de anos de educação recebidos para os adultos (pessoas acima de 25 anos).
- A expectativa de anos de escolaridade das crianças. O IDH faz uma média desses dois indicadores de educação.
- Renda: Medida pelo PIB per capta ou PNB per capta.
A metodologia de cálculo do IDH envolve médias geométricas e é considerada um pouco complicada, mas o índice existe desde 1990 e sua metodologia foi revista em 2010.
A categoria “alto desenvolvimento humano”
Estar na categoria de “alto desenvolvimento humano” no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) significa que o país ou região apresenta um nível elevado de qualidade de vida, segundo três dimensões principais:
- Longevidade – medida pela expectativa de vida ao nascer.
- Educação – medida pela média de anos de estudo da população adulta e pela expectativa de anos de estudo das crianças.
- Renda – medida pela renda nacional bruta (RNB) per capita, ajustada pelo poder de compra.
O IDH é um índice que varia de 0 a 1, e a classificação “alto desenvolvimento humano” corresponde geralmente a valores entre 0,700 e 0,799. Acima disso (de 0,800 a 1,000) é considerado muito alto desenvolvimento humano.
Países com IDH alto costumam ter:
- Boa infraestrutura de saúde.
- Acesso relativamente amplo à educação.
- Níveis de renda per capita razoáveis.
A entrevista de Lavínia Barros de Castro, economista e assessora da presidência do BNDES, sobre a melhoria do Brasil no ranking do IDH, foi concedida ao jornalista Luis Nassif na noite de terça-feira, 5 de maio de 2025, e transmitida ao vivo no canal TV GGN, no Youtube. Além de Lavínia, Nassif entrevistou também o economista Rogério Studart, ex-diretor brasileiro no Banco Mundial, que falou sobre o colapso do sistema monetário.
Assista a entrevista completa abaixo:
Este texto foi escrito com auxílio de I.A.