No ano passado, o Brasil conseguiu subir no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador da qualidade da educação básica no país, para os anos iniciais do ensino fundamental, mas ficou abaixo das metas estipuladas para as etapas seguintes.

Os dados de 2023 foram divulgados pela ministra da Educação, Camilo Santana. Os níveis de aprendizados avançaram em relação a 2021, mas continuam abaixo dos indicadores registrados antes da pandemia.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Brasil conseguiu alcançar a meta 6 – esse índice ficou em 5,8 em 2021. Já a taxa dos anos finais do fundamental ficou em 5, abaixo da meta de 5,5 estipulada pelo MEC. Para o ensino médio, o índice subiu para 4,3, mas ainda abaixo da meta de 5,2.

O Brasil atingiu a meta que foi estabelecida nesse ciclo, que era 6. Essa foi a faixa etária mais afetada pela pandemia, pela dificuldade das crianças mais novas no acesso virtual do ensino. Houve um esforço das redes, sobretudo das municipais. Essa é uma conquista importante, que me deixa otimista.

O Ideb é produzido a cada dois anos. Seu cálculo ocorre por meio de dois componentes: a taxa de aprovação das escolas e as médias de desempenho dos alunos em uma avaliação de matemática e português. Quem faz esse trabalho é o Inep, autarquia ligada ao MEC.

Quando foi instituído, o indicador possuía metas por escolas, redes e para país até 2021. O indicador deveria ter sido renovado a partir desta edição, mas o governo não construiu um novo modelo. Por isso, os dados do Ideb foram divulgados sem metas para este ano.

Embora o Brasil não tenha alcançado o objetivo nos anos finais do ensino fundamental, alguns estados alcançaram a meta em 2023, mostrando as desigualdades na educação pelo Brasil.

Ceará, Goiás e Paraná atingiram o índice esperado para o país de 5,5. Já os estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Amapá e Roraima apresentaram os índices mais baixos. São Paulo teve um resultado de 5,4, enquanto o Rio de Janeiro de 4,9.

No ensino médio, os estados que chegaram mais próximos da meta de 5,2 foram o Paraná, Goiás e Espírito Santo. São Paulo ficou com 4,5. Na outra ponta, Roraima tem o pior índice, de 3,5, seguido de Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, ambos com 3,7.

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Última Atualização: 14/08/2024