O Ibovespa futuro operava em alta nesta terça-feira (10), impulsionado pelas expectativas de uma nova decisão do Copom e pela atenção ao estado de saúde de Lula, que passou por uma cirurgia de emergência na noite anterior. Por volta das 9h15, o índice registrava uma alta de 0,38%, atingindo 127.962 pontos, enquanto o dólar apresentava uma queda de 0,48%, sendo negociado a R$ 6,0540.
A necessidade de Lula de se submeter a uma craniotomia para a drenagem de um hematoma foi relatada por boletins médicos como um procedimento sem intercorrências, e o presidente está atualmente bem, sob cuidados intensivos. A equipe médica responsável é liderada por Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.
Durante uma coletiva de imprensa na manhã do dia 10, Kalil detalhou que o presidente sofreu de dor de cabeça e mal-estar, levando à realização de uma tomografia que detectou o sangramento. Após a drenagem, Lula se encontra estável, conversando normalmente e se alimentando, com previsão de permanecer em observação nos próximos dias.
Oficialmente, a hospitalização do presidente tem potencial para introduzir volatilidade no mercado financeiro, devido às incertezas sobre sua recuperação e capacidade de governança durante o período.
Na verdade, o mercado quer uma notícia: a piora da saúde de Lula. Isso é bom para os negócios. A Faria Lima conta com isso. São viúvas de Paulo Guedes. Guedes é Rebecca, a mulher inesquecível da Faria Lima.
Luigi Mangione, o assassino do CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare, Brian Thompson, nos EUA, está sendo tratado pelos americanos como herói. É chocante. Pessoas são enganadas e descartadas em hospitais para gerar lucro a empresas e bônus a executivos dessa indústria. “Esses parasitas mereciam isso”, escreveu ele em seu manifesto.
Alexandre Espírito Santo, professor do Ibmec e economista-chefe da Way Investimentos, disse ao Valor que as especulações sobre a necessidade de mais operações ou a duração da estadia hospitalar de Lula poderiam influenciar o mercado. Ele salienta que o desenvolvimento da saúde do presidente pode levar a desdobramentos significativos, visto que não parece ser apenas um problema de saúde menor.
Já Thiago Lourenço, economista da Manchester Investimentos, observou que o mercado tem mostrado desapontamento com as iniciativas do governo até o momento e sugeriu que uma atuação mais independente do Congresso e do Senado poderia ser mais benéfica, indicando um equilíbrio de poderes e a capacidade de apresentar propostas mais robustas independentemente do Executivo.
É tudo especulação. Nada tem valor se tudo tem valor. No meio do caminho há um país miseravelmente desigual e uma esperança, mas o importante é fazer dinheiro em cima dos cadáveres do futuro.