Luiz Antônio Athayde Vasconcelos
Montes Claros amanheceu de luto com a partida de um dos seus filhos mais queridos. Não será um luto protocolar ou uma saudade que fica, que cabe em palavras. Estamos muito tristes por ter nos deixado. Se ocupou, antes de partir, com zelo e altivez, ao longo de sua vida pública, de nos deixar exemplos de enorme significância moral a moldar nossos espíritos como também em saber cuidar como extremo zelo do território onde nascemos ou moramos.
Humberto Souto partiu para a eternidade e não será nome de praça ou avenida. Será sinônimo de Montes Claros, pois a sua obra pública varre toda os recantos do nosso chão-raiz. Deixa um legado de tenacidade, de honestidade a qualquer prova, de homem público respeitado no plano nacional e, sobretudo de seu cuidado extremo com Montes Claros.
A sua família, a imensa maioria de montesclarenses que prateiam a sua despedida os seus inúmeros amigos deixados pelos caminhos dessas Minas e do Brasil sabem que Humberto Souto não cabia em versões. Enérgico, intransigente no zelo com a coisa pública, seja como familiar amoroso, como amigo, como personagem da política, desde que saiu de sua cidade, ainda poeirenta até Brasília, por décadas só fui subir os degraus da respeitabilidade e da humildade no saber servir sem se alimentar da fama.
E completou a sua missão na passagem pela vida: voltou do Planalto Central e deixou a nossa amada Montes Claros, limpa, organizada, sem dívidas, pulsante, vivíssima, preparada para viver no Século XXI. Humberto Souto será sempre a história lembrada pelas suas qualidades inatas, hoje, tão rarefeitas aos homens públicos.
