Em encontro realizado neste sábado (26), na Assembleia Legislativa da Bahia, o senador (PE) e presidente nacional do PT, Humberto Costa, reuniu-se com dirigentes estaduais e militantes do partido. Na conversa, foram debatidos temas como políticas para os trabalhadores, o fortalecimento da base no Congresso Nacional e a necessidade de enfrentar a extrema-direita nas próximas eleições.
Costa começou sua intervenção lembrando o crescimento inclusivo que o Brasil vem experimentando desde a volta de Lula ao poder. E criticou a narrativa construída por parte da mídia e do mercado financeiro sobre a inflação, que busca criar um clima de instabilidade. “Se nós compararmos com os governos anteriores, é uma inflação perfeita”.
Redução do IR e da jornada de trabalho
O senador apontou duas pautas prioritárias até o fim de 2026. A primeira é a desoneração do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, medida que beneficiará 92% dos contribuintes. “Isso é dinheiro que vai pra economia, que vai melhorar o poder aquisitivo da população, é justiça social”.
Ele ressaltou que o governo está buscando compensar a renúncia fiscal cobrando dos mais afortunados. “Vai ser a primeira vez que a gente vai tirar dos ricos, ainda que seja pouco, para que as pessoas mais pobres possam ter alguma coisa”.
Costa também defendeu a redução da jornada de trabalho, “uma bandeira nossa, de muitos anos”. Segundo ele, trata-se de um tema extremamente importante, que “atende os trabalhadores precarizados e os que têm carteira assinada”.
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Enfrentamento à extrema-direita
O senador enfatizou que o foco em 2026 é a reeleição de Lula. “O que está em jogo no ano que vem é o projeto do nosso partido, é o projeto da esquerda do Brasil, é um projeto civilizatório para o nosso país, e ele precisa continuar”, disse. Para isso, defendeu a ampliação da base aliada no Senado e na Câmara.
Segundo ele, é preciso impedir que os extremistas atinjam a maioria no Senado, em 2026. “Você sabe o isso que significa? Significa tentativa de impeachment de ministro do Supremo, a rejeição das indicações do governo Lula para os tribunais superiores”.
Humberto Costa considera fundamental que o partido não dependa apenas da imprensa tradicional e das redes sociais controladas por adversários, mas que invista em uma estratégia de comunicação capilarizada, que faça frente à extrema-direta, “à organização que ela tem, às mentiras, às versões que ela consegue fazer passar para a população”.
Ao final da sua fala, o presidente do PT defendeu que o processo de renovação da direção do partido ocorra de forma tranquila. Para ele, é fundamental a construção de uma unidade.
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Da Redação