O presidente da Câmara, Hugo Motta (foto/reprodução internet), fez o que Bolsonaro mais teme: ignorou-o. Ao acionar o STF para validar a suspensão do processo contra Alexandre Ramagem , limitou o pedido estritamente ao deputado, frustrando a expectativa do entorno bolsonarista de estender o salvo-conduto ao ex-presidente e demais acusados de golpe. O Supremo, por sua vez, manteve em pé as acusações mais graves, como tentativa de subversão da ordem institucional. O gesto de Motta é calculado: cumpre a liturgia regimental sem comprar a briga dos radicais. Bolsonaro queria um escudo coletivo. Recebeu um recado individual — e frio. Política, afinal, é feita de prioridades. E, no caso, Ramagem é prioridade. Bolsonaro, nem tanto. A real politik avança onde o voluntarismo perde fôlego.

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Last Update: 14/05/2025