Assim como no Senado, onde Davi Alcolumbre (União-PB) recebeu expressiva votação para comandar a Casa, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito, neste sábado (1º), presidente da Câmara dos Deputados com 444 votos dos 513 parlamentares.
O líder do Republicanos, que vai comandar a Casa no biênio 2025-2026, teve como adversários os deputados Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS), que obtiveram 22 e 31 votos, respectivamente. Houve 2 votos em branco.
Com exceção do PSOL e Novo, Motta deve o apoio do PL, PT, Republicanos, PCdoB, PV, União, PP, Republicanos, PSD, MDB, PDT, PSDB, Cidadania, PSB, Podemos, Avante, Solidariedade e PRD.
O novo presidente da Câmara defendeu a harmonia entre os poderes. “É salutar compreendermos que uma boa gestão de país se faz com respeito, um pressuposto da harmonia. Um país equilibrado e um povo forte se fazem na construção dessa harmonia tão importante para a manutenção dos espaços democráticos”, defende.
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No seu discurso, ele diz que a Câmara precisa ser forte, com a garantia das suas prerrogativas e em defesa da imunidade parlamentar.
“A garantia das prerrogativas parlamentares é essencial para o fortalecimento do povo, pois cada um de nós está diretamente relacionado aos anseios daqueles que confiaram o voto a cada uma e cada um aqui presente. Juntos, buscaremos debater temas relevantes, abrindo diversas frentes de discussão, oportunizando previsibilidade sobre a pauta legislativa, direcionando-a para um aprimoramento constante das agendas temáticas”, disse.
Motta também fez aceno à bancada feminina na Casa. “Assumi o compromisso com a bancada feminina de promover ainda mais o respeito e a visibilidade das mulheres no parlamento, com relatorias não apenas de projetos que tratem sobre mulheres. É importante que elas assumam cada vez mais a liderança de propostas da agenda de economia, de educação e de segurança pública, além de outros projetos de interesse do Brasil”, afirma.
Convergência
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Márcio Jerry (MA), lembra que a bancada do partido “colaborou intensamente” para a construção de uma ampla convergência que resultou agora na eleição do deputado Hugo Motta.
“A nossa bancada vai seguir colaborando com a Casa, no sentido de defesa democracia, dever dos direitos do povo e uma firme defesa também sempre desse processo de reconstrução do Brasil, liderado pelo presidente Lula”, destaca.
“Nós estamos aqui pensando em um Brasil, em um Brasil para os brasileiros, em um Brasil que a gente possa ter educação de qualidade, ter saúde, que é principalmente a minha área. Então esse momento é muito especial, eu que estou aqui no primeiro dia do Congresso e que faz com que esse dia fique na história da enfermagem”, comemora a deputada Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ), que estreia na bancada.
Com a eleição do novo comando no Congresso, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) diz que há “muita coisa importante a tratar em 2025”. “Temos de voltar à discussão do piso da enfermagem, temos que garantir o cumprimento dos acordos salariais com todo o funcionalismo público”, lembra.
A deputada também vê como importante garantir a governabilidade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “porque a extrema direita está com a arma apontada para a cabeça do povo, infelizmente tentando impedir que as políticas públicas sejam plenamente executadas”.
O vice-líder do governo na Câmara, Daniel Almeida (PCdoB-BA), avalia que foi um processo tranquilo. “1º de fevereiro acabou a eleição das casas do Congresso, eleito Davi Alcolumbre no Senado, Hugo Mota aqui na Câmara dos Deputados, eleição tranquila, sem polêmica, nos últimos anos as eleições sempre suscitavam muito debate, algum confronto, houve o respeito à proporcionalidade das bancadas e o grande desafio é fazer o Congresso ter um funcionamento neste ano correspondente às demandas e às expectativas do povo brasileiro”, diz.
