O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que cumpriu a ordem do ministro Alexandre de Moraes e bloqueou o salário da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP).
A suspensão dos pagamentos foi determinada por Moraes na mesma decisão que ordenou a prisão preventiva da parlamentar, condenada pelo STF a 10 anos de prisão e foragida desde então.
Segundo o despacho, o bloqueio deve atingir os “vencimentos e quaisquer outras verbas, inclusive destinadas ao gabinete” de Zambelli, com o objetivo de garantir o pagamento da multa estipulada junto à condenação, que pode chegar a R$ 260 mil.
Em ofício enviado ao STF, Hugo Motta comunicou apenas o “cumprimento das medidas fixadas” na decisão de Moraes, sem acrescentar comentários.
A condenação de Zambelli também prevê a perda do mandato. Inicialmente, Motta declarou que a cassação seria automática, mas depois recuou e informou que haverá uma votação no plenário da Câmara, ainda sem data definida.
Zambelli foi sentenciada por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, após envolvimento no caso de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na semana passada, ela anunciou que fugiu do Brasil e está atualmente na Itália.
Pedido de extradição
Com a decretação da prisão e inclusão na lista vermelha da Interpol, passou a ser procurada em 196 países. Na última sexta-feira, um recurso apresentado por sua defesa foi rejeitado, e a prisão foi convertida de preventiva em definitiva.
Nesta quarta-feira (11), o Ministério da Justiça encaminhou ao Ministério das Relações Exteriores o pedido de extradição de Zambelli. Com o envio, cabe agora ao Itamaraty repassar a solicitação às autoridades italianas, seguindo os protocolos legais para extradições internacionais.
