Homem sofre infarto e reação de testemunhas provoca indignação: “A mostarda vale mais do que uma vida”

homem sofre infarto

Ana Oliveira
Pragmatismo Político

Imagens de segurança de uma lanchonete em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, registraram o momento em que um homem sofre um infarto fulminante diante de outros clientes e funcionários — que pouco ou nada fizeram. O vídeo viralizou e gerou indignação nas redes sociais.

No registro, um homem se sente mal e desaba ao lado de um balcão. Em vez de mobilização, as imagens mostram reações de descaso: uma mulher recolhe um pote de mostarda que caiu no chão, o atendente observa em silêncio, enquanto um terceiro se apressa apenas para levantar uma cadeira. Nenhuma tentativa de reanimação, nenhum chamado visível por socorro médico. Apenas apatia.

“É desesperador ver a reação das pessoas. O cara está morrendo e ninguém faz absolutamente nada. A preocupação foi com o pote de mostarda”, comentou um internauta. Outro escreveu: “O Brasil perdeu completamente o senso de urgência pela vida humana. Essa frieza é o reflexo de uma sociedade doente”.

Desumanização cotidiana

A indiferença captada pelas câmeras fez com que muitos internautas refletissem sobre a banalização da morte e a desumanização das relações sociais.

“É o retrato de uma era onde ninguém quer se envolver, ninguém quer responsabilidade. Enquanto isso, vidas são perdidas por segundos de omissão”, escreveu uma usuária do Instagram. No X (antigo Twitter), o vídeo foi compartilhado com a legenda: “O cara morrendo e ninguém faz nada”.

Falta de preparo ou reflexo social?

Especialistas em primeiros socorros ressaltam que, embora nem todos tenham treinamento técnico para intervir em situações como essa, atitudes básicas — como ligar para o SAMU ou posicionar a vítima de maneira adequada — podem salvar vidas.

No entanto, para além da ausência de preparo, o vídeo escancara o abismo ético que se abre quando o instinto de solidariedade é substituído pela passividade. Muitos usuários compararam a cena com “um experimento social distópico”, onde vidas humanas se tornam paisagem.

Indignação que atravessa redes

Entre milhares de comentários, frases como “o mínimo seria ajudar”, “as pessoas estão anestesiadas” e “é assustador ver a naturalização da morte” foram recorrentes. Outros apontaram a necessidade urgente de campanhas de capacitação em primeiros socorros, principalmente para trabalhadores de estabelecimentos públicos.

De acordo com informações divulgadas nas redes, o homem não resistiu e morreu antes da chegada do SAMU.

VÍDEO:

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