Na véspera da nova rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários, o presidente do SEEB/SE completa 58 anos
Neste 19 de agosto, Dia Nacional de Mobilização dos Bancários e Bancárias, o presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Adilson Azevedo completa 58 anos. Do sindicato, após cantarolar os ‘Parabéns para Adilson Azevedo’, os dirigentes sindicais seguiram em direção aos bancos instalados na capital sergipana.
A mobilização nacional desta segunda-feira acontece na véspera da nova mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (dia 20). A categoria pressiona os bancos para entregarem uma proposta completa de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT/Bancária) que corresponda às reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras.
Retardamento de abertura de banco
“Nas manifestações nacionais do último dia 15, seguindo orientações do Comando Nacional, em Sergipe, realizamos ato com retardamento da abertura de agência Santander”, afirma Adilson Azevedo, que é um dos membros do Comando Nacional dos Bancários e tem participando das negociações.
As principais reivindicações para remuneração da categoria para este ano são:
– Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.
– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
O Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.
– E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.
Data base é dia 1º de setembro
As negociações entre o movimento sindical bancário e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da CCT começaram em 18 de junho e precisam terminar antes da data base da categoria, que é em 1º de setembro.
Ao longo dos encontros, os bancos indicaram dificuldades em atender as principais reivindicações, argumentando a concorrência no setor. As lideranças sindicais rebateram de pronto, ao lembrar que os bancos estão longe de perigo e detém, no país, 82% do mercado de crédito e 81% dos ativos do mercado financeiro. Ainda que, no Brasil, a rentabilidade média dos bancos é de 15%, enquanto nos Estados Unidos é 6,5% e em países da Europa, como Espanha e Inglaterra, 10% e 9%, respectivamente. Portanto, não há argumentos para não dar aumento real à categoria.
Os trabalhadores reivindicam ainda:
– Fim da gestão por metas abusivas e que tem gerado adoecimento na categoria;
– Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
– Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
– Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
– Mais mulheres na TI;
– Combate à terceirização e garantia de empregos;
– Jornada de trabalho de quatro dias;
– Ampliação do teletrabalho.
A categoria exige, nesta terça-feira (20 de agosto), os bancos tragam respostas que reflitam o esforço da categoria no dia a dia. O lucro não pode estar acima da vida. Os trabalhadores devem ser valorizados..
As lideranças sindicais reforçam para a importância da mobilização dos trabalhadores bancários, para todas as demais categorias. A organização e mobilização dos bancários conquistou, ao longo dos anos, os direitos da atualidade: a PLR, os vales alimentação e refeição, assim como a mesa de igualdade de oportunidade, onde foi possível avanços, como a criação de canais de combate ao assédio, não são bondade dos banqueiros. Pelo contrário, é fruto da luta dos trabalhadores que se tornou referência para que outras categorias no país alcancem direitos.
Informações: bancários se