O líder do partido revolucionário palestino Hamas, Ismail Hanié, foi assassinado no último dia 31, aos 62 anos, após uma vida marcada por tentativas frustradas do sionismo de matá-lo. A caçada de “Israel” ao dirigente revolucionário não é outra coisa, mas reflexo de sua importância para a luta do povo palestino.
Figura central na luta pela libertação da Palestina, Hanié cedo se destacou nas fileiras do partido Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), chegando à direção do partido ainda nos anos 1990 e sendo indicado ao cargo de primeiro-ministro da Palestina após a vitória da organização nas eleições parlamentares de 2006.
Em setembro de 2004, Hanié sobreviveu a um bombardeio israelense direcionado a um edifício em Gaza onde estava presente. O ataque fazia parte de uma série de operações militares do sionismo, que já então buscava destruir o Hamas por meio da eliminação de seus líderes.
Dois anos depois, após a vitória eleitoral do Hamas e a conquista do governo palestino, o líder revolucionário foi novamente alvo de um atentado, ocorrido em dezembro de 2006, desta vez de uma suspeita tentativa de envenenamento.
Poucos meses após a tentativa frustrada de envenená-lo, em junho de 2007, Hanié foi alvo de uma emboscada na fronteira entre Gaza e o Egito, na passagem de Rafá, enquanto voltava de sua primeira viagem internacional como governante da Palestina.
Seu filho mais velho, que o acompanhava, chegou a ser ferido no meio da troca de tiros, que daria início à Batalha de Gaza e culminaria na expulsão do Fatá e da Autoridade Palestina da Faixa de Gaza, que, desde então, se mantém encastelada na Cisjordânia.
Em dezembro de 2008, uma nova tentativa de assassinato ocorre durante a Operação Chumbo Fundido, na qual “Israel” realiza bombardeios criminosos contra a Faixa de Gaza, mirando a população civil e também os líderes do Hamas.
Na década seguinte, a Operação Pilar de Defesa (desencadeada em novembro de 2012) mirou a residência de Hanié novamente, que foi bombardeada, sem que ele estivesse presente, contudo.
Dois anos depois, em 2014, nova onda de bombardeios é iniciada com a Operação Margem Protetora, e Hanié voltou a ser alvo de bombardeios israelenses.
Em fevereiro de 2017, ataques com drones são usados pela primeira vez, com “Israel” direcionando-os às residências de líderes do Hamas, incluindo Hanié.
No ano seguinte, em novembro de 2018, a residência de Hanié em Gaza é novamente bombardeada, sem, no entanto, conseguir matá-lo.
Além dessas, novos ensaios para assassinar o comandante do Hamas foram feitos durante o conflito de maio de 2021 (conhecido como a Guerra de 11 Dias), quando “Israel” realizou ataques intensivos em Gaza com Hanié sendo um dos principais alvos.
Em agosto de 2022, durante recrudescimento nas tensões e confrontos entre “Israel” e os grupos guerrilheiros, o dirigente é obrigado a se esconder devido às ameaças de que o serviço secreto tentava matá-lo, assim como a outros dirigentes do partido.
Em 2023, com a escalada de conflitos e a contínua pressão sobre Gaza, Hanié continuou a ser um alvo potencial. As operações israelenses frequentemente mencionavam a liderança do Hamas como objetivos prioritários, mas, novamente, Hanié conseguiu evitá-los.
Abaixo, uma lista das tentativas mal-sucedidas empreendidas pelo serviço secreto de “Israel” contra o líder do partido que mais empurrou a ocupação sionista para sua extinção.
2004 – Bombardeio Israelense: Em setembro de 2004, “Israel” realizou um ataque aéreo contra um edifício em Gaza onde Hanié estava presente.
2006 – Envenenamento: Em dezembro de 2006, houve suspeitas de que Hanié havia sido alvo de uma tentativa de envenenamento.
2007 – Emboscada na Fronteira: Em junho de 2007, durante a violenta tomada de poder pelo Hamas em Gaza, Hanié foi alvo de uma emboscada na fronteira entre Gaza e o Egito.
2008 – Ataque Aéreo: Em dezembro de 2008, durante a Operação Chumbo Fundido, “Israel” lançou vários ataques aéreos contra alvos do Hamas, incluindo a residência de Hanié.
2012 – Bombardeio durante Operação Pilar de Defesa: Em novembro de 2012, durante a Operação Pilar de Defesa, “Israel” realizou ataques aéreos direcionados a líderes do Hamas. A residência de Hanié foi atingida, mas ele não estava no local e saiu ileso do ataque.
2014 – Operação Margem Protetora: Durante a Operação Margem Protetora em 2014, “Israel” intensificou os ataques aéreos em Gaza, mirando líderes do Hamas. A residência de Hanié foi novamente bombardeada, mas ele sobreviveu ao ataque.
2017 – Ataque com Drones: Em fevereiro de 2017, relatos surgiram sobre tentativas de ataque com drones por parte de “Israel” direcionadas a líderes do Hamas em Gaza, incluindo Hanié.
2018 – Bombardeio Aéreo: Em novembro de 2018, durante um período de intensificação dos confrontos entre “Israel” e o Hamas, a residência de Ismail Hanié em Gaza foi novamente alvo de um bombardeio aéreo israelense.
2019 – Operação Black Belt: Em novembro de 2019, durante a Operação Black Belt, “Israel” realizou uma série de ataques aéreos contra a Jiade Islâmica Palestina em Gaza, mas também mirou líderes do Hamas.
2021 – Conflito de Maio: Durante o conflito de maio de 2021, conhecido como a Guerra de 11 Dias, “Israel” realizou ataques intensivos em Gaza. Hanié, sendo um dos principais líderes do Hamas, foi um alvo potencial.
2022 – Tensões Aumentadas: Em agosto de 2022, durante um aumento nas tensões e confrontos entre “Israel” e grupos militantes em Gaza, houve relatos de que líderes do Hamas, incluindo Hanié, estavam sob ameaça de assassinato.
2023 – Escalada de Conflitos: Em 2023, com a escalada de conflitos e a contínua pressão sobre Gaza, Hanié continuou a ser um alvo prioritário. As operações israelenses frequentemente mencionavam a liderança do Hamas como objetivos prioritários, mas novamente, Hanié conseguiu evitar ataques diretos.