Na última quarta-feira (16), o partido palestino Hamas anunciou que não aceitará um cessar-fogo em Gaza sem a retirada completa das forças do país artificial do território. A declaração responde à posição do ministro da Defesa da ditadura sionista Israel Katz, que afirmou que tropas permanecerão indefinidamente em áreas capturadas, chamadas de “zonas de segurança”. Katz também declarou que nenhum auxílio humanitário entrará em Gaza, admitindo o uso da fome como pressão contra o Hamas, apesar de apelos internacionais para suspender o bloqueio.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 51.025 palestinos foram mortos e 116.343 feridos desde o início da ofensiva do enclave imperialista, há 18 meses. O Ministério de Imprensa do Governo de Gaza elevou o número de mortos para mais de 61.700, incluindo milhares de desaparecidos sob escombros, presumidos mortos.

Em 7 de outubro de 2023, operação liderada pelo Hamas em “Israel” conseguiu capturar mais de 200 reféns. Após mais de um ano de genocídio da ditadura sionista contra o povo árabe, a pressão do então novo governo norte-americano de Donald Trump fez o enclave imperialista aceitar um cessar-fogo em 19 de janeiro. Embora o Hamas tenha cumprido os termos, o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, pressionado por sua coalizão de extrema-direita, rompeu unilateralmente o acordo e as operações genocidas foram retomadas em 18 de março.

A ofensiva de “Israel” enfrenta crescente oposição internacional. Em novembro de 2024, a Corte Penal Internacional (CPI) emitiu mandados de prisão contra Netaniahu e o ex-ministro Yoav Gallant por crimes de guerra e contra a humanidade. O país também responde a uma acusação de genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ). Dados da ONU indicam que 90% da população de Gaza foi deslocada, e a infraestrutura do território foi amplamente destruída, agravando a crise humanitária.

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Last Update: 17/04/2025