O movimento islamista palestino Hamas rejeitou nesta quarta-feira 5 o plano do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, de assumir o controle de Gaza. A iniciativa foi chamada de “racista” pelo grupo.

“A posição racista americana está alinhada com a da extrema-direita israelense, que consiste em deslocar o nosso povo e erradicar nossa causa”, afirmou em um comunicado um porta-voz do Hamas, Abdel Latif al Qanu.

Na terça-feira, durante uma reunião na Casa Branca com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump surpreendeu a todos ao afirmar que os Estados Unidos assumirão o controle da Faixa de Gaza. “Faremos um bom trabalho”, disse o republicano no ato.

Trump afirmou, sem revelar detalhes, que os Estados Unidos vão “nivelar o terreno e se desfazer dos edifícios destruídos” para desenvolver economicamente o território e ter “uma quantidade ilimitada de emprego e habitação para as pessoas da área”.

O presidente dos EUA voltou, também, a pedir ao mais de dois milhões de moradores de Gaza que abandonem o território, devastado por mais de 15 meses de bombardeios israelenses, e se mudem para países vizinhos como Egito e Jordânia, apesar da oposição das duas nações e dos palestinos.

Ele acrescentou que este é um projeto “a longo prazo” e que o objetivo é transformar o território na “Costa Azul do Oriente Médio”.

Netanyahu afirmou que o plano de Trump para Gaza pode “mudar a história” e que vale a pena “prestar atenção”.

O primeiro-ministro israelense conta entre seus aliados com forças políticas que sonham em reinstaurar colônias judaicas na Faixa de Gaza, de onde Israel se retirou unilateralmente em 2005 por decisão do então primeiro-ministro Ariel Sharon.

(Com informações de AFP)

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Last Update: 05/02/2025