O Hamas nomeou Muhammad Ismail Darwish como o novo líder do braço político do grupo islâmico que atua na Faixa de Gaza. Ele assume o cargo até novas eleições, sem data definida.
A informação foi divulgada pela emissora saudita Al Arabiya, que citou fontes do grupo sem nomeá-las.
Darwish sucederá Ismail Haniyeh, assassinado em Teerã, capital do Irã, em um ataque israelense. Haniyeh estava na cidade para acompanhar a posse do novo presidente persa, Masoud Pezeshkian.
O assassinato de Haniyeh, ocorrido em 31 de julho, agravou a tensão no Oriente Médio e pode afetar as negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hamas, pois o dirigente era o principal interlocutor no grupo fundamentalista.
O Irã ameaça atacar Israel em retaliação pela morte de Haniyeh, elevando os temores da comunidade internacional de que a situação na região saia de controle.
A escolha do novo líder político expõe a falácia do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e seus argumentos para continuar dizimando os palestinos na Faixa de Gaza. Segundo Netanyahu, o exército segue bombardeando o enclave pela necessidade de eliminar todos os membros do Hamas.
No entanto, a rápida escolha de um substituto para Haniyeh revela que a missão de Netanyahu é outra: se manter no Poder e fugir das consequências jurídicas de anos de corrupção.
O porta-voz do Exército israelense declarou que o movimento islamista palestino não poderia ser eliminado. “Hamas é uma ideologia, não podemos eliminar uma ideologia. Dizer que vamos fazer o Hamas desaparecer é jogar areia nos olhos das pessoas”, disse o contra-almirante Daniel Hagari à emissora israelense Canal 13.