O grupo Hamas indicou que aceitaria uma proposta de cessar-fogo no conflito com Israel, mas despistou sobre o suposto acerto anunciado na última terça-feira 1 pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos.
Para o Hamas, que tratou do tema nesta quarta-feira 2, qualquer proposta de cessar-fogo deve ser materializada levando em consideração a necessidade de se chegar a um fim na guerra na Faixa de Gaza.
À agência Associated Press, o agente Taher al-Nunu, ligado ao Hamas, disse que o grupo está “pronto e comprometido para chegar a um acordo”, somente se houvesse uma “iniciativa que claramente levasse ao fim completo da guerra”.
Em seguida, o Hamas divulgou um comunicado dizendo que está “analisando novas propostas de cessar-fogo de mediadores, visando um acordo que ponha fim ao conflito em Gaza e garanta a retirada das forças israelenses do enclave”.
Trump mencionou a existência de uma proposta de paz temporária, mas não deu qualquer detalhes sobre os termos do negócio. Segundo autoridades israelenses, que falaram sob condição de anonimato, a trégua duraria 60 dias. Nesse tempo, Israel retiraria parcialmente as suas tropas da região, ao passo que haveria um aumento da ajuda humanitária.
Israel, por outro lado, só julga ser possível acabar com a guerra se o Hamas se render. Para isso, o grupo precisaria se desarmar e sair da Faixa de Gaza, o que vem sendo negado pelo Hamas.
“Não haverá Hamas. Não haverá Hamastan. Não vamos voltar a isso. Acabou”, afirmou Netanyahu nesta quarta-feira 2, indicando que sua postura deve se manter irredutível em relação ao grupo.