O Hamas abriu uma nova rodada de negociações por um cessar-fogo em Gaza, com o porta-voz Hazem Qassem afirmando que o partido revolucionário as encara “com total responsabilidade e positividade”, incluindo diálogos com o enviado dos EUA Adam Boehler. Ele espera “progresso significativo para iniciar a segunda fase do acordo, parar a guerra, retirar as forças de ocupação e concluir a troca de prisioneiros”. Enquanto isso, “Israel” tenta estender a primeira fase até abril, traindo o acordo feito com os mediadores em janeiro.
Na etapa inicial, a Resistência liberou 25 reféns vivos e oito corpos, garantindo a soltura de 1.800 palestinos. Dos 251 capturados em 7 de outubro de 2023, 58 seguem em Gaza, 34 declarados mortos por “Israel”. Abdel Latif al-Qanoua acusou: “a ocupação renegou o acordo, contrariando a vontade internacional e os esforços para consolidá-lo”. Ele destacou: “mostramos flexibilidade e engajamento positivo em todas as etapas, reafirmando nosso compromisso em responsabilizar a ocupação e atender às demandas palestinas”. Disse ainda que o Hamas aguarda “novos passos em Doha para implementar a segunda fase, retomar a ajuda e encerrar a guerra”.
“Israel”, porém, exige mais reféns por poucos prisioneiros, travando as negociações. Um líder palestino ouvido pelo sítio libanês Al Mayadeen revelou que os EUA estão “interessados em contato direto com o Hamas, mas com expectativas específicas”, evitando benefícios à Resistência. Enviados americanos disseram que Trump “pode forçar Israel a parar a guerra e chegar a um acordo”, acreditando que a libertação de um refém israelo-americano mudaria sua visão.