A Resistência Palestina anunciou, nesta sexta-feira (14), a libertação do soldado israelense Idan Alexander, que também possui nacionalidade norte-americana, além da devolução dos corpos de quatro outros prisioneiros. A medida ocorre em meio às negociações para um cessar-fogo em Gaza e uma troca de prisioneiros, proposta por mediadores.
O Hamas declarou ter recebido a proposta na quinta-feira (13) e que respondeu de maneira “responsável e positiva” na madrugada desta sexta-feira. A organização reafirmou sua disposição para prosseguir com as negociações e alcançar um acordo abrangente que obrigue a ocupação sionista a cumprir integralmente seus compromissos.
Hussam Badran, dirigente do Hamas, destacou que o povo palestino segue firme na luta por sua terra e não cederá diante das pressões do governo dos Estados Unidos, ressaltando que qualquer violação por parte da ocupação ao que foi acordado nas negociações levará ao retorno do impasse.
Segue, abaixo, a nota do Hamas na íntegra:
“Em nome de Deus, o mais gracioso, o mais misericordioso
Comunicado de imprensa
Emitido pelo Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Ontem, a delegação da liderança do Hamas recebeu uma proposta dos irmãos mediadores para retomar as negociações. O movimento respondeu de forma responsável e positiva, e enviou sua resposta esta manhã, incluindo seu acordo para a libertação do soldado israelense Idan Alexander, que possui cidadania norte-americana, além da entrega dos corpos de outros quatro indivíduos com dupla nacionalidade.
O movimento reafirma sua total prontidão para iniciar negociações e alcançar um acordo abrangente sobre as questões da segunda fase, instando a ocupação a cumprir integralmente suas obrigações.
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Sexta-feira: 14 de Ramadã de 1446 AH
Correspondente a: 14 de março de 2025“
Ocupação intensifica ataques durante o Ramadã
O Hamas também denunciou a escalada da repressão imposta pelo regime sionista contra os palestinos durante o mês sagrado do Ramadã. Em nota oficial, a resistência condenou a intensificação das restrições ao povo palestino, em especial em Al-Quds, e os ataques contra os fiéis que tentam realizar suas orações no complexo da mesquita de Al-Aqsa.
“A contínua agressão e as medidas arbitrárias da ocupação, destinadas a restringir ainda mais nosso povo durante o abençoado mês do Ramadã e impedir os fiéis de realizarem o i’tikaf na noite de sexta-feira pela segunda vez na mesquita de Al-Aqsa, representam uma escalada perigosa da guerra religiosa promovida pela entidade sionista, um ataque sistemático aos rituais muçulmanos e uma intensificação dos esforços de judaização de Al-Quds e seus locais sagrados.
As ações da ocupação contra nossa terra, nossos santuários e nosso povo — especialmente a crescente repressão ao povo de Al-Quds durante o Ramadã, enquanto colonos recebem livre trânsito para realizar incursões cada vez mais agressivas — exigem uma resposta firme do mundo islâmico para frear a arrogância e o desrespeito da ocupação sionista diante dos sentimentos e santuários muçulmanos.
Convocamos nosso povo em Al-Quds, na Cisjordânia e nos territórios ocupados a intensificarem sua presença na mesquita de Al-Aqsa, a encherem seus pátios com murabitun e fiéis em i’tikaf, a resistirem às medidas e restrições impostas pela ocupação e a continuarem protegendo Al-Aqsa da profanação dos colonos e dos planos sistemáticos de judaização.”
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Sexta-feira: 14 Ramadã 1446 AH
Correspondente a: 14 de março de 2025