O porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obeida, anunciou, na última sexta-feira (24), a soltura de quatro militares israelenses como parte do acordo de troca de prisioneiros estabelecido entre a Resistência Palestina e a ditadura sionista. A entrega está marcada para este sábado (25). As prisioneiras que serão libertadas pelas Brigadas Al-Qassam, braço militar do Hamas, são:
- Karina Araiv
- Daniella Gilboa
- Naama Levy
- Liri Elbaz
A declaração foi feita através de canais oficiais da Resistência Palestina no Telegram, que também divulgaram detalhes sobre as circunstâncias das capturas, ocorridas durante a Operação Dilúvio de Al-Aqsa.
Em um vídeo gravado no dia 26 de janeiro de 2024, duas das prisioneiras cuja soltura foi anunciada denunciaram o descaso da ditadura israelense com os prisioneiros na Faixa de Gaza. No registro, três militares israelenses fazem apelos diretos ao governo e ao exército sionistas.
A primeira prisioneira declara:
“Eu estou aqui há 107 dias porque aqueles que deveriam me trazer para casa me abandonaram e continuam me abandonando. Eu não consigo dormir à noite. Como chegamos ao ponto de eu temer mais o meu próprio país do que o Hamas? Parem com as mentiras. Parem com as mentiras para nossas famílias… Vocês não estão fazendo nada… Nós não valemos nada para vocês?”
Ela prossegue:
“Vocês continuam enviando soldados para a morte e continuam matando prisioneiros como eu. Parem esta guerra, façam um acordo e nos devolvam para nossas vidas antes que sejamos adicionados à lista de prisioneiros mortos.”
A segunda prisioneira expressa sentimento semelhante, afirmando: “eu estou constantemente vivendo sob fogo, bombardeios e tanques. Vocês quase me mataram uma vez com seus bombardeios”. Ela também denuncia: “eu não quero comida, dinheiro, roupas, nada, exceto retornar para minha casa”.
A terceira prisioneira critica o governo sionista:
“Nós já perdemos o suficiente nesta guerra. Parem esta guerra. Retornem-nos antes que seja tarde demais. Façam um acordo e nos devolvam para nossas vidas.”
Ela também relata:
“Eu não consigo acreditar que estou sendo mantida aqui há tanto tempo no meio de bombardeios constantes. Vocês são os que mataram meus amigos. Vocês continuam mentindo desde o primeiro dia.”
Abaixo, o vídeo registrado no dia 26 de janeiro de 2024: