Na entrevista concedida ao Projeto Brasil, do Jornal GGN, o MInistro da Fazenda Fernando Haddad foi categórico sobre os milhões recebidos por Jair Bolsonaro e seus filhos Carlos e Eduardo, através de Pix e depósitos.
O trecho aparece no bloco 5 (37:24 em diante).
Ele levanta a hipótese de que parte desses recursos enviados ao filho de Bolsonaro nos EUA pode estar associada a movimentos maiores do mercado financeiro internacional, indicando que há capital especulativo de fora influenciando essa dinâmica. Ele entende que esses aportes fazem parte de uma estratégia de pressão econômica e política sobre o Brasil, especialmente num contexto em que o país tenta afirmar sua soberania e suas vantagens competitivas (terras raras, alimentos, energia).
“Você acha que de onde veio esses quarenta milhões de ‘pixes’ para o Bolsonaro? Parte dos quais se dirigiu ao filho nos Estados Unidos… Para quê alguém precisa de quarenta milhões para fritar hambúrguer? Tem alguma coisa acontecendo lá que nós não vamos saber agora. Mas os indícios estão claros de que não é só uma ação política. Tem muitos interesses econômicos por trás dessa movimentação.”
Afirma que esse episódio é mais um exemplo de como o Brasil sofre ataques combinados de natureza política e financeira, e que isso vai se revelar com mais clareza quando a história desse período for contada.
Ele ironiza o destino de parte dos recursos ao filho de Bolsonaro nos EUA (“para quê alguém precisa de quarenta milhões para fritar hambúrguer?”), indicando suspeita de lavagem ou sustentação financeira de longo prazo.
Essa interpretação reforça a narrativa de que os ataques contra a economia brasileira — câmbio, crédito, tarifas externas — não se resumem a disputas políticas internas, mas fazem parte de uma estratégia internacional de captura das vantagens competitivas do Brasil (minérios críticos, alimentos, energia limpa).
Politicamente, Haddad associa o financiamento irregular ao bolsonarismo com o vale-tudo econômico, contrastando com a agenda do governo Lula de transparência fiscal, justiça tributária e soberania nacional.