Haddad relativiza inflação entre 4% e 5% no Brasil e justifica alta nos juros pelo BC

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a inflação brasileira, atualmente entre 4% e 5%, reflete um patamar considerado normal desde o Plano Real.

Segundo Haddad, o país superou o período de inflação de dois dígitos, mas o fortalecimento global do dólar impactou os preços internos, levando o Banco Central a adotar uma política monetária contracionista.

Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, Haddad apontou que a recente valorização do real frente ao dólar pode estabilizar os preços.

“O aumento das taxas será no curto prazo. O dólar voltou a um nível adequado e caiu 10% nos últimos 60 dias. Acho que isso vai fazer com que a inflação se estabilize”, disse o ministro durante o painel “Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes”, na Conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Al-Ula, na Arábia Saudita.

Haddad também defendeu a reforma tributária, com foco no sistema de consumo, e afirmou que o ajuste fiscal em curso não provocará recessão.

Segundo ele, o ajuste contribuiu para a manutenção de uma taxa de crescimento próxima de 3,5% em 2024, mesmo com juros elevados.

O ministro destacou o esforço brasileiro para alcançar um equilíbrio econômico sustentável em meio a desafios externos, como o fortalecimento do dólar, e reafirmou o compromisso com uma política fiscal responsável.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, destacou durante o evento a importância da resiliência econômica diante de choques globais frequentes, ressaltando a necessidade de economias se prepararem para absorver esses impactos, ponto também abordado por Haddad em sua participação.

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