Haddad: o Piloto da Crise Econômica Brasileira

Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, tem se mostrado o “Barqueiro” da economia brasileira. Em uma analogia direta com a mitologia grega, onde o Barqueiro é o que conduz as almas através do rio Estige para o submundo, Haddad, por meio de suas políticas econômicas, está conduzindo a economia do país para o fundo do abismo.

Sem condições de correlação de forças! É o que mais se houve no comando do Governo Federal, na justificativa defensiva, para aliviar a culpa de não promover as revogações das reformas da previdência e a trabalhista (governos Temer e Bolsonaro), baixar os juros e inserir o povo no orçamento, que em parte foram promessas de campanha do atual Governo Lula 3.0.

E aí vai o “Barqueiro” Haddad, em águas livres para aprofundar as políticas em prol dos banqueiros e contra o povo brasileiro que votou no Lula, e levar a economia para as profundezas. Em troca do que faz isso? A fatura pode vir em 2026! 

Segue a seguir as políticas anti-povo, que retiram os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a população mais vulnerável:

Arcabouço fiscal: o teto invisível

Uma das principais “barcas” conduzidas por Haddad é o arcabouço fiscal, apresentado como solução para estabilizar as contas públicas. No entanto, assim como o barqueiro não permite retorno àqueles que cruzam o rio, o arcabouço aprisiona o país em um ciclo de baixo investimento público e estagnação econômica.

O arcabouço fiscal impõe limites artificiais às despesas primárias, restringindo investimentos fundamentais em infraestrutura, educação, saúde e programas sociais. Enquanto o ajuste fiscal beneficia o mercado financeiro e a rentabilidade dos juros, a economia real – representada pela indústria, pelos serviços e pelos trabalhadores – sofre os impactos mais duros.

O corte no BPC: o preço pago pelos mais pobres

Na mitologia, o Barqueiro exigia uma moeda para transportar as almas. No caso de Haddad, o preço é cobrado das camadas mais pobres da população. O corte no Benefício de Prestação Continuada (BPC), programa que garante um mínimo de dignidade a idosos e pessoas com deficiência, é um exemplo cruel dessa cobrança. Nesse caso a moeda exigida foi entorno de R$ 12 bilhões, muito recurso tirado dos mais humildes.

Reduzir o alcance de programas como o BPC significa jogar os mais vulneráveis à margem da sociedade, aprofundando a miséria e as desigualdades em um país já marcado por uma histórica concentração de renda. O “barco” de Haddad não leva apenas a economia para o fundo, mas também arrasta milhões de brasileiros para o desespero.

Salário mínimo: a renda estagnada

Outro reflexo da gestão econômica de Haddad é o parco aumento do salário mínimo. Em um contexto de inflação sob controle, o governo deveria priorizar a valorização do salário mínimo, que é a principal fonte de renda de milhões de famílias brasileiras. No entanto, as políticas atuais congelam o poder de compra e ampliam a perda de qualidade de vida dos trabalhadores.

Enquanto isso, o setor financeiro segue lucrando com uma política de juros elevados, só esse ano já foram repassados R$ 900 bilhões, mesmo com o IPCA sob controle. A escolha é clara: proteger os interesses do mercado financeiro em detrimento da economia real e da qualidade de vida do povo brasileiro.

Abono salarial, Fundeb e bolsa família: políticas sociais ameaçadas

As escolhas econômicas do ministro também afetaram diretamente programas essenciais como o Abono Salarial, o Fundeb e o Bolsa Família.

O Abono Salarial, que garante um complemento de renda a trabalhadores de baixa remuneração, sofre com cortes que fragilizam ainda mais a classe trabalhadora, foram cortados R$ 18,1 bilhões. O Fundeb, fundo vital para o financiamento da educação básica, também enfrenta riscos de redução de recursos na ordem de R$ 42,3 bilhões, ameaçando o futuro das crianças e jovens brasileiros e aprofundando as desigualdades educacionais. Já o Bolsa Família, política pública fundamental para o combate à pobreza, é prejudicado por restrições orçamentárias, na ordem de R$ 17,1 bilhões, que reduzem seu alcance e impactam milhões de famílias que dependem desse apoio para sobreviver.

Esses cortes somam R$ 77,5 bilhões, revelam a prioridade dada à austeridade fiscal em detrimento do desenvolvimento social e econômico, reforçando o ciclo de pobreza e desigualdade no país.

Indústria e emprego: a barca da recessão

A estagnação econômica provocada por essas políticas penaliza especialmente o setor industrial e a geração de emprego. Com o crédito caro e a falta de investimentos públicos, o Brasil aprofunda seu processo de desindustrialização e perde a capacidade de gerar empregos de qualidade. Foram prometidos R$ 300 bilhões para impulsionar a “Nova Industria Brasil” que não saiu do papel, mas para os juros, ao todo foram R$ 900 bilhões mais de R$ 1 trilhões de serviços de rolagem desses juros.

Em vez de impulsionar o crescimento por meio de políticas desenvolvimentistas, Haddad conduz o país em uma direção oposta, consolidando o desemprego e a informalidade como traços permanentes do mercado de trabalho brasileiro.

Um futuro em jogo

A economia brasileira não pode continuar nessa “barca” conduzida por Fernando Haddad. As políticas de ajuste fiscal, cortes em programas sociais e estagnação do salário mínimo são escolhas que favorecem o rentismo financeiro às custas do desenvolvimento econômico e social do país.

Temos que nos desatrelar dessa nefasta economia neoliberal, que tanto atrasa nosso País e esfola nosso povo! Essas políticas de Austericidio Fiscal, Juros altos, arcabouço fiscal, e cortes nos direitos dos trabalhadores e mais vulneráveis, afastam o povo do governo, e deixa o Lula mais refém do congresso conservador e de direita. Governo precisa mudar rápido e para melhor! 

Não podemos aceitar as imposições de se aumentar reduções de gastos fiscais, exigindo tetos e menos investimentos no povo e nos setores produtivos, e deixar que as elevações na SELIC aumentem os gastos nominais de juros para engordar setores improdutivos como o setor de especulação financeiras, que só desequilibram as contas públicas e cortam direitos do povo e colocam mais pesos nas costas do povo.

Em 26, somente o discurso de defesa da democracia não seja suficiente para ganhar as eleições. Pois o povo não sobrevive de discurso, precisa de renda, empregos de qualidade e de direitos sociais. 

Assim como Caronte conduzia as almas ao submundo, Haddad está conduzindo a economia brasileira para o fundo. Precisamos de políticas que priorizem o desenvolvimento econômico, a geracão de empregos e a redução das desigualdades, resgatando o Brasil de um futuro de estagnação e retrocessos.

A reflexão precisa ser feita: por que Haddad assume esse papel de Caronte?

É hora de mudar o rumo da economia e priorizar o povo brasileiro.

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As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho

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