
Em entrevista na chegada ao ministério da Fazenda nesta segunda-feira (2), Fernando Haddad afirmou que o governo apresentará até a próxima terça-feira (3) ao Congresso uma proposta sobre o IOF, que incluirá reformas estruturais. Segundo ele, a ideia é aproveitar a oportunidade para fazer mudanças que tragam mais sustentabilidade para o país, além de corrigir distorções pontuais.
O ministro destacou que o decreto sobre o IOF busca resolver problemas específicos, mas que é preciso ir além. “Se nós ficarmos de decreto em decreto, não vamos fazer o que o país precisa para apontar um horizonte de médio e longo prazo de sustentabilidade”, disse.
De acordo com Haddad, a prioridade é definir um recorte claro das medidas para que a proposta seja entregue aos presidentes da República, da Câmara e do Senado.
“Nós já sabemos exatamente o que está na mesa, é definir qual vai ser o recorte que vai ser feito dessas medidas e apresentar para os três presidentes”, afirmou.
O ministro também defendeu que a solução seja ampla e definitiva. “Se nós chegarmos a uma boa definição, acredito que nós vamos dar uma perspectiva muito mais sustentável, sem essas medidas que são paliativas, que nós sabemos que não são estruturais”, declarou.
O ex-prefeito da capital paulista ainda reforçou que a crise em torno do IOF não pode paralisar o governo.
“Nós não podemos abrir mão das metas que a Fazenda estabeleceu de comum acordo com o Executivo e com o Legislativo. O que tiver que fazer, eu vou fazer”, disse, defendendo soluções estruturais para o país.
"Vamos corrigir distorções no sistema financeiro para abrir espaço para calibragem do decreto do IOF. Então se houver qualquer calibragem, vai ser no âmbito de uma expansão da correção dos desiquilíbrios (…)", diz ministro Fernando Haddad em meio à crise do IOF. #EmPonto
— GloboNews (@GloboNews) June 2, 2025