A partir desta quarta-feira (12), as taxas de 25% impostas pelos EUA sobre importações de aço e alumínio do Brasil já estão sendo aplicadas. Isso fez com que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunisse com os representantes da indústria do aço para avaliar a melhor estratégia de resposta.
Após a reunião, Haddad deu uma série de declarações sobre o assunto e afirmou que irá prosseguir conforme as orientações passadas pelo presidente Lula. De acordo com o ministro, no momento, a melhor resposta seria negociar as medidas ao invés de anunciar uma retaliação contra os Estados Unidos.
“Nós não vamos proceder assim [por retaliação] por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou: ‘muita calma nessa hora’. Nós já negociamos outras vezes em condições mais desfavoráveis do que essa. Nós vamos levar a consideração do governo americano de que há um equívoco de diagnóstico”, informou Haddad.
Assim, foi confirmado pelo ministro que o próximo passo será preparar uma nota técnica a ser enviada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) para análise do ministro Geraldo Alckmin (PSB). “Vamos estudar a situação, como sempre fazemos”, declarou Haddad, sem estipular um prazo para o envio da nota.
Saiba quem participou da reunião com Haddad:
- Sergio Leite de Andrade, presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil;
- Marco Pollo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil;
- André Gerdau Johannpeter, CEO da Gerdau;
- Erick Torres, CEO da ArcelorMittal;
- Jorge Oliveira, vice-presidente da ArcelorMittal;
- Cristina Yuan, diretora de Assuntos Institucionais do Instituto Aço Brasil;
- Marcelo Ávila, superintendente de Economia do Instituto Aço Brasil.
O chefe da pasta ainda destacou que a tarifa pode ter efeitos negativos na inflação dos Estados Unidos, mesmo diante da previsão de redução dos juros no país. Por isso, o governo brasileiro optou inicialmente por tentar resolver a medida com diálogos
“Nós estamos começando já a estudar propostas do setor, que tem toda a legitimidade. Eles estão imaginando formas de negociar com argumentos muito consistentes de que os Estados Unidos só têm a perder, porque o nosso comércio é muito equilibrado”, justificou o ministro.
*Com informações da CNN.