Após reunião nesta segunda-feira (6) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que debateu com o presidente as propostas do governo que foram enviadas ao Congresso que visam recompor a base fiscal da economia brasileira.
Quanto aos ataques especulativos do mercado com o dólar, o ministro negou que isso esteja provocando uma crise no governo.
“A questão do dólar, a gente precisa entender isso. Tem um processo de acomodação natural e nós tivemos um estresse no final do ano passado no mundo todo, tivemos aqui um estresse também, no Brasil”, disse.
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Haddad afirma que não há discussão no governo sobre mudança no regime cambial. “Hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos deu declarações moderando determinadas propostas que foram feitas ao longo da campanha, é natural que as coisas se acomodem. Mas não existem discussão de mudar o regime cambial no Brasil e nem de aumentar imposto com esse objetivo”, declarou aos jornalistas.
Ele fazia referência a uma matéria do jornal norte-americano The Washington Post na qual diz que assessores de Donald Trump estudam impor tarifas apenas em importações críticas.
“Nós estamos recompondo a base fiscal do estado brasileiro pelas propostas que estão sendo endereças ao Congresso Nacional”, disse o ministro sobre o assunto da reunião, que estava sendo tratada pela mídia como um encontro emergencial por causa da crise devido a disparada do dólar e pressões por novos cortes de gastos.
Para ilustrar esse cenário, destacaram o cancelamento das férias do ministro, que seria até o dia 21 deste mês.
Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a decisão de “cancelar o período de descanso foi tomada após o pronto restabelecimento de seu familiar que passou por um procedimento cirúrgico no final do ano, motivo da marcação de férias neste período”.
