Com recorde de R$ 89 bilhões para a safra 2025-2026, governo reforça apoio ao campo, destaca avanços sociais e rebate críticas à gestão federal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (30/6) que o Governo Federal está comprometido em fortalecer a agricultura familiar e promover a justiça social no Brasil. A declaração foi feita durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, no Palácio do Planalto, em Brasília. Com recursos recordes de R$ 89 bilhões, o plano garante investimentos em crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica e políticas de garantia de preços, entre outras medidas. “Esse Plano Safra, mais uma vez, oferece produção crescente e preço caindo para a comunidade do campo do nosso país”, afirmou Haddad.
Ele elogiou o empenho dos ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, na condução da política agrícola do governo. “O Plano Safra está em boníssimas mãos. Os ministros são dois amigos do campo, que se dedicam integralmente à causa da dignidade do agricultor e do trabalhador brasileiro que recebe comida na sua mesa”, destacou.
Resultados concretos
Haddad reforçou que o atual governo tem obtido resultados concretos no combate à fome, na geração de empregos e na recuperação da renda. “O senhor herdou 33 milhões de pessoas passando fome e, em dois anos e meio, reduziu a menos de um quarto essa população, que nós ainda vamos atender, para acabar com a fome pela segunda vez na história do Brasil, até o final do seu mandato”, disse, acrescentando que, no governo anterior, “o preço do alimento subia acima da inflação” e agora é “a renda que cresce acima da inflação, inclusive dos alimentos”.
O ministro também destacou as mudanças na tabela do Imposto de Renda como medida concreta de justiça social. “O Congresso, atendendo ao seu apelo, colocou a faixa de isenção em dois salários mínimos, acima de R$ 3 mil, contra R$ 1,9 mil do governo anterior. São dez milhões de brasileiros que deixaram de pagar Imposto de Renda. E, se o seu projeto for aprovado este ano, serão mais dez milhões, além de outros cinco milhões que vão pagar menos”, explicou.
Tributação mais justa
Haddad reafirmou o compromisso do governo em combater privilégios e promover uma tributação mais justa. “Nós vamos fechar todas as brechas que são criadas por jabutis, que no Brasil aparecem nas leis para, em geral, favorecer um grande empresário. Quando removemos esses jabutis, dizem que é aumento de imposto. Não, isso é ter respeito com o trabalhador que paga suas contas em dia”, declarou.
O ministro ressaltou que as mudanças na política tributária têm o objetivo de equilibrar o sistema, já que “140 mil pessoas que ganham R$ 1 milhão ou mais por ano vão passar a pagar um mínimo de 10% de imposto, a mesma alíquota que paga uma professora de escola pública ou um policial militar”.
Haddad também reforçou a importância de avançar na agenda de justiça social, porque o Brasil está entre os dez piores países em distribuição de renda, apesar de ser uma das dez maiores economias do mundo. “Nós não podemos nos esquecer disso, porque é por isto que nós estamos aqui: é pra fazer justiça no campo, na cidade, na fábrica”, pontuou o ministro da Fazenda.
Sustentabilidade, justiça social e desenvolvimento
O Ministério da Fazenda vem ano a ano recalibrando os métodos de financiamento do Plano Safra alinhado às metas do Novo Brasil , que é o Plano de Transformação Ecológica da pasta, e tem três objetivos estratégicos: aumento da produtividade e melhores postos de trabalho, produção mais sustentável e redução das desigualdades. Foram garantidos juros negativos para produção de alimentos, que ajuda em alimentos mais baratos, com melhores taxas para produção orgânica e agroecológica.
Além disso, o Desenrola Rural já regularizou mais de 3,1 bilhões em dívidas permitindo que agricultores familiares voltem a sonhar. O plano teve aumento expressivo nas regiões Norte e Nordeste garantindo uma produção mais resiliente às mudanças climáticas, evitando concentração de culturas em uma região única. O programa teve aumento de 23% entre 2022 e 2024, chegando a quase 100% em regiões mais desassistidas, garantindo desenvolvimento local e segurança alimentar. Essa são apenas algumas das ações que o MF vem dando suporte para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com prosperidade para todos, por meio do Novo Brasil.
Conquista de reivindicações
O presidente Lula celebrou o anúncio do Plano Safra como uma conquista, a partir da reivindicação dos agricultores familiares, como resultado do aumento da consciência política da sociedade brasileira. “Esse Plano Safra anunciado agora é o resultado daquilo que vocês adquiriram de consciência, nesse período todo. Vocês aprenderam como é lidar com o governo democrático e aprenderam como é lidar com governo que não é democrático”, frisou, acrescentando que os beneficiários do Plano Safra voltaram a entrar no Palácio do Planalto para discutir suas reivindicações no atual governo.
Transformação social
Segundo o ministro Paulo Teixeira, os números mostram que, mais do que um conjunto de medidas financeiras, este Plano Safra é uma ferramenta de transformação social. Ele afirmou que, ao investir na agricultura familiar, o governo está fortalecendo a economia local, garantindo comida de qualidade a preços acessíveis para a população, além de ganho justo para o produtor. “O Brasil que alimenta o mundo começa aqui, nas mãos dos pequenos agricultores, e este governo seguirá trabalhando para que eles tenham cada vez mais apoio e reconhecimento”, salientou.
Sobre o Plano Safra 2025/2026
O Plano Safra da Agricultura Familiar anunciado pelo Governo Federal destina R$ 89 bilhões para ampliação do crédito rural, com juros negativos para a produção de alimentos e mecanização agrícola, além de linhas novas para irrigação sustentável, quintais produtivos para mulheres rurais, cooperativas e transição agroecológica, entre outras medidas.
O Plano prevê um recorde histórico de recursos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e juros reais negativos para a produção de alimentos. Do total, R$ 78,2 bilhões são do Pronaf, o que representa um aumento de 47,5% do crédito rural para a agricultura familiar, quando comparado ao último governo.
Foi mantida a taxa de apenas 3% para financiar a produção de alimentos, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite – caindo para 2% quando o cultivo for orgânico ou agroecológico.
Com a soma dos últimos dois planos safras, já são mais de R$ 225 bilhões de crédito rural destinado à agricultura familiar neste governo. Para a atual safra foram criadas linhas para apoiar a agroecologia, irrigação sustentável, adaptação às mudanças climáticas, quintais produtivos rurais, conectividade e acessibilidade no campo.
Publicado originalmente pela Agência Gov em 30/06/2025
Por Ministério da Fazenda