O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta de inflação contínua será de 3% para 2025 e 2026. Haddad disse não ver sinal de apreensão em relação ao compromisso do governo e do Banco Central em relação ao cumprimento das metas.
Haddad rejeitou especulações sobre o motivo de Gabriel Galípolo ter ido a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) e não Roberto Campos Neto. Ele disse que as especulações não fazem menor sentido porque eram os dois dirigentes que estavam tratando sobre o assunto para esclarecer um ponto do decreto.
A meta contínua foi negociada com toda a área econômica, incluindo o Banco Central.
O governo federal publicou o decreto que altera o sistema de metas da inflação para criar uma meta contínua.
No regime de metas contínuas, o governo fixará uma meta que, na prática, passará a ser permanente (neste caso, de 3%). Qualquer mudança desse número deve ser feita com antecedência mínima de 36 meses.
Entenda
Com a fixação da meta contínua, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. Apenas caso queira mudar a meta, o Conselho Monetário se reunirá e publicará os novos limites de inflação, que só entrará em vigor depois de 36 meses.
O CMN é formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad; pela ministra do Planejamento, Simone Tebet; e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Para 2024, continua em vigor a regra antiga, que estabeleceu meta de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto, os mesmos valores da meta contínua.
O CMN também definiu que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será usado para medir a inflação.