A História de Walid Ahmed, Um Brasileiro Torturado e Morto pela Ocupação Sionista
Walid Khaled Abadallah Ahmed, um jovem palestino-brasileiro de 17 anos, foi torturado até a morte nas prisões israelenses. Sua história é mais uma entre milhares de crianças e adolescentes palestinos que sofrem nas mãos do regime de apartheid. Walid tinha dupla nacionalidade, sendo também brasileiro.
Ele foi capturado por forças israelenses, acusado de “arremessar pedras” contra tanques de guerra. Nas masmorras sionistas, Walid eventualmente morreu devido à fome. Seu corpo foi devolvido à família em condições deploráveis, marcado por ferimentos que caracterizam tortura sistemática.
Assim como outros mártires palestinos, sua família foi impedida de velá-lo adequadamente, o que impediu que tivesse um enterro digno. Walid não está sozinho: 250 menores palestinos estão atualmente presos em condições desumanas, muitos sob acusações absurdas. Sua morte simboliza a violência colonial que há quase 80 anos massacra o povo palestino.
A Ação das Brigadas Cibernéticas Walid Ahmed
Na madrugada de 17 de maio, data que marca mais um ano da Nakba (a expulsão em massa dos palestinos em 1948), um grupo hacktivista autointitulado “Brigadas Cibernéticas Walid Ahmed” invadiu 31 sítios de prefeituras e câmaras municipais de Minas Gerais, substituindo seus conteúdos por uma mensagem de solidariedade à Palestina.
O grupo apresentou um conjunto de exigências principais:
- Romper relações diplomáticas do Brasil com Israel;
- Cortar o fornecimento de petróleo que abastece tanques israelenses;
- Banir importações de tecnologia da Mossad usada contra o povo brasileiro;
- Libertação de todos os prisioneiros políticos palestinos;
- Fim do genocídio em Gaza e direito ao retorno dos refugiados.
O grupo ativista hacker tem como método principal o chamado ‘defacement‘, que corresponde à desfiguração de sítios de internet: substituíram páginas oficiais por um manifesto político. Eles tem como alvos principais prefeituras e câmaras municipais, como forma de pressionar o Estado brasileiro.
Repercussão e Solidariedade
A ação viralizou nas redes, com apoio de movimentos palestinos e de esquerda, enquanto autoridades tentaram restabelecer os sítios. O texto deixado pelo grupo ecoa a luta compartilhada entre Brasil e Palestina:
“Walid poderia se chamar João ou Maria, como tantos netos brasileiros de Mariams e Abdallahs. Seu martírio nos une na resistência contra opressores comuns.” A seguir, destacamos a declaração do batalhão cibernético e a relação de sítios que foram afetados pelos seus ataques.
Declaração do Grupo:
Nós, o Batalhão Cibernético do Mártir Walid Khaled Abdullah Ahmad
Hoje, 17 de maio, data que marca mais um ano de ocupação colonial na Palestina, realizamos uma operação de ‘defacement’ digital contra 31 alvos na região de Minas Gerais, Brasil. O objetivo desta ação é lembrar o mundo — e o Brasil — de sua responsabilidade em agir contra o genocídio em curso.
Adotamos o nome de um mártir palestino-brasileiro, nosso irmão, que foi morto pela fome nas masmorras sionistas no auge de sua juventude — com apenas 17 anos.
Exigimos ações diretas que forcem o Estado brasileiro a romper laços com os assassinos israelenses e seu governo de apartheid. Os poderosos não devem ter paz enquanto permanecerem alinhados aos colonizadores. O petróleo brasileiro ainda abastece os tanques que destroem Gaza. A tecnologia da Mossad ainda é importada pelo Brasil e usada contra seu próprio povo. Chega!
Nossas demandas:
-
Libertação de todos os nossos prisioneiros.
-
Retorno de todos os nossos refugiados.
-
Libertação da nossa Palestina, do Rio ao Mar.“
Lista dos Sites Atingidos
Os seguintes domínios foram alterados:
https://conceicaodorioverde.mg.gov
https://santoantoniodoamparo.mg.gov