No dia 8 de julho, a Transpetro, subsidiária da Petrobrás, anunciou o lançamento de uma licitação internacional para adquirir quatro navios petroleiros próprios. A petroleira brasileira afirma que empresas nacionais terão prioridade, mas que estaleiros estrangeiros também poderão participar do edital.

A Petrobrás está a procura de navios da classe Handy, de 15 a 18 mil toneladas, para transporte de produtos do petróleo, como a própria gasolina. O estaleiro vencedor será anunciado, provavelmente, em dezembro de 2024, no ato da assinatura do contrato. O primeiro navio deve ser entregue até 2026.

“As encomendas integram o TP 25 da Transpetro, programa de renovação e ampliação da frota do Sistema Petrobras, e podem gerar novas oportunidades para a indústria naval brasileira. Dezesseis navios de cabotagem que farão parte desse programa já estão previstos no Plano Estratégico 2024-2028. Com o objetivo de atender as demandas de transporte de produtos, as embarcações contemplam soluções que garantam maior eficiência energética e menor emissão de gases de efeito estufa”, afirma a empresa.

A decisão está de acordo com a política que a nova presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, tem defendido. Ela afirmou: “vamos ficar menos expostos a oscilações de fretes e reduzir os custos com afretamentos de embarcações. É um marco do início de contratações que vão contribuir para fortalecimento da indústria naval e offshore nacional”. O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, tem uma posição parecida.

Pouco tempo depois, a imprensa burguesa voltou suas baterias à Petrobrás. Todos os principais jornais do País publicaram artigos criticando a decisão da gestão Chambriard.

A imprensa burguesa publicou artigos criticando a decisão da gestão Chambriard, afirmando que o edital “representa desperdício do dinheiro do acionista”. A Folha de S.Paulo publicou um editorial intitulado “Governo Lula avança no assédio à Petrobras”. O Estado de S.Paulo fez o mesmo, publicando editorial de título “Inconcebível meta naval da Petrobras”.

Em todos os artigos, os jornais golpistas querem fazer crer que a política da Petrobrás é motivada por interesses puramente eleitorais. Um pretexto que esconde a verdadeira preocupação dos acionistas, seus próprios lucros.

Finalmente, a ampliação da frota naval da Petrobrás — e, consequentemente, de sua capacidade produtiva — não serve aos especuladores. Nesse sentido, estes jornais se colocam, mais uma vez, contra o desenvolvimento nacional, contra o avanço, em nome dos interesses de meia dúzia de vampiros que sequer moram no Brasil. Uma política de verdadeiros inimigos do povo brasileiro.

No final, a burguesia quer fazer o Brasil afundar.

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Última Atualização: 16/07/2024