Líderes do Eixo da Resistência advertiram sobre os esforços dos Estados Unidos e da ditadura sionista para desestabilizar e fragmentar o Oriente Médio, visando expandir seu controle imperialista na região. Sayyed Abdul-Malik al-Huti, líder do Ansar Alá no Iêmen, e o Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, denunciaram essas ações, destacando como o imperialismo utiliza conflitos regionais para redesenhar fronteiras estratégicas e consolidar seu domínio.
O papel crítico da Síria
Em discurso recente, al-Huti destacou a importância da Síria na resistência contra as ambições sionistas e imperialistas após o colapso do governo de Bashar al-Assad. Ele afirmou que o conflito no país foi incentivado pelo regime israelense como forma de fortalecer sua influência na região.
“O inimigo israelense vê os desdobramentos na Síria como uma oportunidade real de impor novas realidades, não apenas dentro do país, mas em toda a região”, disse al-Huti. Ele alertou para as declarações de Netaniahu, que descreveu a queda do governo sírio como uma oportunidade de redesenhar fronteiras, parte do projeto sionista de divisão do Oriente Médio.
A interferência imperialista
O Aiatolá Ali Khamenei também abordou o tema, acusando os Estados Unidos e “Israel” de serem os principais arquitetos da crise síria. Ele destacou os ataques a infraestruturas estratégicas, como aeroportos e centros de pesquisa, e a ocupação de territórios sírios como exemplos da interferência imperialista.
Khamenei condenou ainda o bloqueio de rotas humanitárias para regiões como Zainabiyah, revelando a dimensão do envolvimento israelense. Ele definiu a resistência como uma ideologia profundamente enraizada, que se fortalece diante das pressões externas.
O exemplo da Resistência Palestina e Libanesa
O líder iraniano apontou Gaza como exemplo de resiliência, onde bombardeios e assassinatos de líderes, como Iahia Sinuar, reforçaram o apoio popular ao Hamas e à Jihad Islâmica. Khamenei também destacou a força crescente do Hesbolá no Líbano, mesmo diante de perdas como a de Nasseralá, um dos maiores líderes do Partido de Deus libanês.
O papel dos jovens
Ambos os líderes ressaltaram o papel dos jovens na resistência. Khamenei expressou confiança na capacidade dos jovens sírios de libertar as áreas ocupadas, enquanto al-Huti enfatizou a necessidade de solidariedade entre os povos da região para enfrentar as ambições imperialistas.
As declarações convergem na ideia de que o projeto de fragmentação do Oriente Médio promovido por Estados Unidos e “Israel” representa um ataque direto à soberania e unidade dos países da região. Khamenei lembrou que, mesmo após 75 anos de ocupação da Palestina, a determinação dos povos pela causa palestina permanece inabalável.
Unidade
Ambos os líderes destacaram que a resistência é mais que uma resposta às ameaças externas; é um símbolo de unidade e determinação das nações árabes e islâmicas. Khamenei também enfatizou o apoio histórico do governo sírio ao Irã durante a guerra contra o Iraque e destacou o papel do Irã no combate ao Daesh e na estabilização da região.
A resistência, como concluíram os líderes, é decisiva para o futuro do Oriente Médio, representando uma frente unida contra as intervenções externas. Os aliados regionais, como o Hesbolá, o Irã e forças na Palestina e no Iraque, trabalham para garantir que os esforços de fragmentação sejam neutralizados, promovendo soberania e autodeterminação.
Enquanto o imperialismo busca dividir e dominar, a resistência permanece como força unificadora, inspirando as gerações atuais e futuras a defender sua terra, cultura e soberania.