
A ativista ambiental Greta Thunberg acusou Israel de tê-la sequestrado em águas internacionais durante uma tentativa de chegar a Gaza para entregar ajuda humanitária.
Thunberg, que foi deportada para Paris, afirmou que ela e outros ativistas foram capturados pela Marinha israelense após tentarem romper o bloqueio naval imposto à Gaza. O sequestro aconteceu na manhã de segunda-feira, 9 de junho, quando o barco de caridade, que transportava ativistas, se aproximava da costa de Gaza.
Em uma entrevista no aeroporto Charles de Gaulle, Thunberg contou que, ao ser abordada pelos israelenses, se recusou a assinar um documento admitindo a entrada ilegal no país, pois não havia violado nenhuma lei. “Fomos sequestrados em águas internacionais e trazidos contra nossa vontade para Israel”, declarou a ativista.

A ativista sueca também desafiou as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a havia chamado de “raivosa”. Thunberg, por sua vez, respondeu com humor, dizendo que o mundo “precisa de muito mais mulheres jovens e raivosas”.
Greta, de 22 anos, tinha como objetivo levar suprimentos para a Faixa de Gaza, onde a situação humanitária é cada vez mais grave devido ao bloqueio de Israel. Ela negou que sua missão fosse um simples golpe de marketing, como sugerido por alguns críticos, e lembrou que uma operação anterior com outro barco maior foi abortada após um ataque aéreo em Gaza.
Após ser interceptada pelos israelenses, a ativista e os outros 11 tripulantes foram detidos, mas, felizmente, não sofreram lesões graves. Thunberg relatou que estava exausta e precisava de um bom banho e descanso.
Ainda sem confirmação de seus próximos passos, Thunberg afirmou que poderia retornar à Suécia ou continuar sua luta pela libertação de outros ativistas detidos por Israel.