O ator, escritor e um dos criadores do Porta dos Fundos, Gregório Duvivier, reagiu nesta quinta-feira (19), em seu perfil no Instagram, à notícia de que teve o nome incluído na lista de espionados pela chamada Abin Paralela, durante o governo de Jair Bolsonaro.
“Queria agradecer o interesse do extinto governo Bolsonaro pela minha vida pessoal. Ao que parece fui ‘espionado’ pela ‘Abin paralela’ por ter criticado o governo. Uma pena serem os piores espiões do mundo, achei que eu fosse descobrir algo de novo sobre mim. Aparentemente a espionagem remunerada consistia apenas em me seguir nas redes e acompanhar minhas publicações. Antigamente chamavam isso de fã. Mas agora é Abin paralela. Depois dizem que artista é que não trabalha. Caso ainda estejam seguindo, não esqueçam de deixar o like.”
STF revela esquema de espionagem
Na quarta-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou o sigilo das investigações sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro.
Segundo relatório da Polícia Federal (PF), Gregório Duvivier foi um dos alvos do esquema. O motivo: críticas feitas ao governo, tanto em suas redes sociais quanto no programa Greg News, da HBO.
O pedido para monitorar o humorista partiu do chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin, o policial federal Marcelo Araújo Bormevet — homem de confiança do então diretor da agência, delegado Alexandre Ramagem. Bormevet foi preso pela PF no início de julho de 2024. O levantamento das informações sobre Duvivier ficou a cargo de Giancarlo Gomes Rodrigues, subordinado de Bormevet.
Em mensagem registrada no relatório da PF, Giancarlo escreveu ao receber a ordem:
“O Gregório já está na minha lista.”
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