
O governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), irá processar o senador Flávio Bolsonaro (PL) na esfera criminal. A ação ocorre após o parlamentar associar o presidente Lula ao PCC (Primeiro Comando da Capital), ao Comando Vermelho e a líderes dessas facções, como Marcola e Fernandinho-Beira-Mar.
“Adotaremos as medidas necessárias para que o caso seja levado à esfera criminal”, afirmou Jorge Messias, ministro-chefe da AGU, ao colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles. De acordo com ele, a AGU já está tomando as providências para encaminhar a denúncia às autoridades competentes.
Em uma postagem nas redes sociais, o filho de Jair Bolsonaro (PL) compartilhou uma foto de Lula da época em que o presidente foi detido pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante o regime militar. Ao lado do petista, a montagem traz fotos de Marcola e Fernandinho-Beira-Mar. A legenda da publicação dizia: “CV, PCC e PT: as 3 facções mais perigosas do Brasil”.

Integrantes do governo consideram que a postagem ofende a honra do presidente da República e configura um possível ilícito penal, conforme as leis que protegem a dignidade do cargo. A AGU enviará a representação contra Flávio Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República.
Esta não é a primeira vez que parlamentares da oposição associam o governo Lula ao crime organizado. Em 2023, Flávio Bolsonaro e aliados insinuaram que o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, teria conexões com o tráfico de drogas no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, território dominado pelo CV. A acusação surgiu após uma visita oficial de Dino à comunidade para o lançamento de programas governamentais.
Na época, Flávio Dino rebateu as críticas, classificando-as como “absurdas” e defendendo que o Estado precisa estar presente em áreas vulneráveis. Ele também afirmou que “a criminalização da política pública só interessa aos próprios criminosos”.
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