
Integrantes do governo de Donald Trump sinalizaram a bolsonaristas que um pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao Brasil seria negado pelos Estados Unidos, caso ela estivesse no país, segundo informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Com essa informação, Zambelli estava reconsiderando sua ida para a Itália, onde a proteção contra extradição seria mais frágil. Isso porque o país europeu permite a extradição até mesmo de pessoas com cidadania local, como é o caso da deputada.
Paulo Figueiredo, neto do ditador João Baptista Figueiredo, no entanto, já afirmou que a bolsonarista está na Itália. “A deputada Carla Zambelli já está bem e em segurança na Itália”, escreveu Figueiredo no X.
A deputada Carla Zambelli já está bem e em segurança na Itália.
— Paulo Figueiredo (8) (@pfigueiredo08) June 5, 2025
Aliados de Zambelli também argumentaram que ela poderia contar com o apoio de uma comunidade de brasileiros bolsonaristas bem estabelecida nos Estados Unidos, principalmente na Flórida, para viver e trabalhar, caso escolhesse ficar em solo norte-americano.
Apesar disso, Zambelli manteve o plano de viajar para o país europeu. A deputada afirmou que pretendia iniciar uma campanha contra o STF, seguindo os moldes de outro “fujão”, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A mudança de destino só seria concretizada caso houvesse uma garantia mais clara das autoridades norte-americanas de que Zambelli poderia permanecer no país sem o risco de ser entregue ao governo brasileiro, após sua recente condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli foi condenada em maio pelo STF a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), junto com o hacker Walter Delgatti. A condenação também a tornou inelegível por oito anos, embora a deputada ainda possa recorrer da decisão.