A administração do republicano Donald Trump processou, nesta segunda-feira 30, a autoridade de Los Angeles por suas políticas de proteção aos imigrantes, à medida que aumentam as batidas migratórias promovidas por Washington.
O Departamento de Justiça qualificou como “ilegais” as políticas de Los Angeles, declarada por suas autoridades democratas como “cidade-santuário” para imigrantes, e afirmou que as mesmas “interferem com a aplicação das leis de imigração do governo federal”.
“As políticas de (cidade) santuário foram a causa da violência, caos e ataques às forças de ordem que os americanos recentemente viram em Los Angeles”, disse a procuradora-geral Pamela Bondi em um comunicado.
A ação, apresentada em um tribunal de Califórnia, nomeia diretamente a prefeita de Los Angeles, a democrata Karen Bass, assim como o presidente do Conselho Municipal, Marqueece Harris-Dawson, e o corpo legislativo em atividade.
Embora a cidade já fosse considerada uma cidade-santuário para imigrantes, o Conselho Municipal oficializou a definição com uma ordenação aprovada em novembro do ano passado, logo após a eleição de Trump para a presidência.
A ação legal buscava limitar a cooperação das autoridades locais com as leis federais na aplicação das leis migratórias de Trump.
Los Angeles, onde mais de um terço da população é imigrante, se tornou o epicentro da batalha contra a política anti-imigração do presidente Trump, que chegou ao poder prometendo deportar milhões de imigrantes.
O aumento das batidas em locais de trabalho no começo do mês desencadeou uma onda de protestos no centro da cidade.
A tensão aumentou nas ruas assim que Trump passou por cima do governador da Califórnia, Gavin Newsom, e ordenou a presença de milhares de efetivos na Guarda Nacional e de 700 fuzileiros navais.