O governo dos Estados Unidos recusou-se nesta sexta-feira 13 a cumprir uma decisão judicial que ordena a libertação de Mahmoud Khalil, que participou de manifestações em favor dos palestinos na Universidade de Columbia e está detido há três meses, enquanto aguarda sua expulsão do país.
O juiz Michael Farbiarz, de um tribunal federal de Nova Jersey, havia determinado esta semana que Khalil não pode ser detido ou expulso com base em declarações do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que considerou o estudante uma ameaça aos Estados Unidos.
O juiz havia dado um prazo até o meio-dia desta sexta-feira 13 para a libertação de Khalil, o que as autoridades não fizeram, segundo documentos da Justiça.
“O tribunal nunca decidiu que seria ilegal que a parte demandada [o governo] prendesse Khalil com base em outra acusação para deportá-lo”, destaca o advogado do Departamento de Justiça nos documentos.
Desde a sua prisão em Nova York, em 8 de março, por protestar contra a guerra na Faixa de Gaza, Khalil se tornou um símbolo da vontade do presidente Donald Trump de silenciar o movimento estudantil em apoio aos palestinos.
Nascido na Síria, filho de palestinos, Khalil possui residência permanente nos Estados Unidos. Após a sua prisão, foi enviado para a Louisiana, a quase 2.000 km de Columbia.