O presidente norte-americano Donald Trump assinou, nesta quarta-feira (4), uma nova ordem executiva que proíbe a entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos. A medida marca a retomada de uma das principais políticas de seu governo anterior, conhecida como o travel ban, agora reeditada com o pretexto de “segurança nacional”.
Os países alvos da nova proibição são: Afeganistão, Irã, Iêmen, Somália, Líbia, Sudão, Eritreia, Guiné Equatorial, República do Congo, Chade, Birmânia e Haiti. Além desses, cidadãos de outros sete países — Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela — também sofrerão restrições parciais. Trabalhadores com vistos temporários, no entanto, continuam isentos da medida.
Trump anunciou a decisão em vídeo gravado no Salão Oval, alegando que “os recentes eventos deixaram claro o extremo perigo representado pela entrada de estrangeiros não adequadamente verificados”. Referia-se ao incidente no Colorado em que um cidadão egípcio, Mohammed Sabry Soliman, combateu, em protesto contra o genocídio perpetrado por “Israel” na Faixa de Gaza, manifestantes pró-sionistas com um lança-chamas improvisado.
O decreto entra em vigor na próxima segunda-feira (9). A medida, que já provoca reações entre juristas e organizações de direitos civis nos EUA, deve ser contestada judicialmente — como ocorreu em sua versão anterior, em 2017, que levou anos de disputas até ser parcialmente referendada pela Suprema Corte.