O governo dos Estados Unidos ameaçou abandonar as iniciativas para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, que estão em guerra desde fevereiro de 2022.
Segundo o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, a saída pode acontecer se os interlocutores de Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin não mostrarem sinais claros de que o acordo é possível.
“Não vamos continuar com esses esforços por semanas e meses a fio. Então, precisamos determinar muito rapidamente agora – e estou falando de questão de dias – se isso é viável nas próximas semanas”, disse Rubio em Paris, nesta sexta-feira 18, após se encontrar com lideranças da Europa. “Se for, estamos perto. Se não, então, teremos outras prioridades para focar”, afirmou.
Moscou reagiu de imediato à fala do secretário de Estado dos EUA. Segundo o Kremlin, as conversas realizadas até o momento já geraram progresso. O Kremlin citou o cessar-fogo no Mar Negro para justificar os avanços das negociações.
Entretanto, segundo o porta-voz do governo russo Dmitry Peskov, “os contatos são bastante complicados, porque, naturalmente, o tema não é fácil”.
Desde que voltou ao poder, em janeiro, Trump tem tentado levar a cabo a sua promessa de campanha de pôr fim imediato ao conflito no leste da Europa.
Ao longo das últimas semanas, negociadores dos EUA, da Rússia e da Ucrânia têm se reunido de maneira habitual, mas um acordo efetivo ainda não saiu do papel. A Ucrânia pede garantias mais sólidas de que as tropas de Putin não voltem a atacar a Europa.
A Rússia, por outro lado, teme que o cessar-fogo sirva, na prática, para que as tropas de Zelensky ganhem tempo para que possam se armar.