Com os recentes casos de violência policial o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas(REPUBLICANOS) disse em entrevista, que se enganou, e que agora considera o uso de câmera corporal pela PM útil.
Cerca de 10 mil policiais do estado já utilizam a câmera para um contingente estimado em cerca de 80 mil.
Na semana passada um policial militar, sem motivo algum, jogou um entregador de uma ponte, o caso foi registrado no último domingo, 1º de dezembro, na Vila Clara, Zona Sul de SP, não foi informado se o soldado em questão, ou os outros 12 soldados que acompanhavam a ação, utilizavam a câmera, e se usavam, porque ela não estava em funcionamento.
O soldado Luan Felipe Alves Pereira ainda ameaçou o entregador, dizendo que se ele não pulasse seria jogado e também a moto, após o ocorrido o policial foi levado para presídio militar.
Com histórico de violência, o policial que arremessou o entregador já foi indiciado por homicídio por matar um homem com 12 tiros em Diadema, na Grande São Paulo, no ano passado, o caso foi arquivado em janeiro porque o Ministério Público entendeu que houve legítima defesa.
Esse e outros casos de violência policial flagrados por câmeras de rua ou transeuntes e causou ampla repercussão na população que se mostrou indignada.
E para fazer demagogia Tarcísio de Freitas disse que vai ampliar o uso de câmeras corporais, só que sob novos termos, diferente das já em uso, as novas poderão ser desativadas pelo soldado, além de uma série de restrições que foram alvo de questionamento pelas empresas não selecionadas para fornecer as câmeras, baixa qualidade de vídeo, autonomia da bateria insuficiente, incapacidade de ler placas de carro, dentre outros.
No entanto o problema não está em criar soluções para vigiar a polícia ou melhorá-la, mas em extingui-la, a PM de qualquer estado tem por único e exclusivo objetivo, reprimir a população, é um aparato de controle de classe.
Parte da esquerda acha que essas soluções de controle da atuação da PM vão resolver os abusos dos órgãos de repressão contra a população, não vai, a doutrina do aparado de repressão não é defender ninguém, mas impedir a revolta, manter a classe trabalhadora debaixo do tacão da burguesia, sempre foi assim e sempre será, pelo menos até o momento em que o povo, consciente da sua condição de explorado e oprimido, acabar com a estrutura de repressão da burguesia.
Por isso cabe a esquerda denunciar e pedir o fim da PM.