
Na noite de quinta-feira (22), o Ministério da Fazenda, sob a chefia do ministro Fernanda Haddad, informou que voltou atrás na decisão de ampliação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos de fundos no exterior. A pasta também decidiu que as transferências de pessoas físicas para contas fora do país, com finalidade de investimento, seguirão com a alíquota anterior.
A ideia de aumentar a cobrança havia sido divulgada horas antes, junto com outras medidas que previam elevação de impostos sobre compras internacionais com cartão, planos de previdência privada acima de R$ 50 mil mensais e operações de crédito para empresas.
O recuo foi anunciado pela Fazenda no X. Como a proposta constava em decreto publicado na quinta, será necessária a edição de um novo decreto presidencial para oficializar a revogação.

A decisão foi tomada após forte reação negativa de investidores do mercado financeiro, que também pressionou a alta do dólar na reta final do pregão.
Se a medida fosse mantida, cada investimento passaria a ter uma cobrança de 3,5%, o que, segundo especialistas, poderia prejudicar estratégias de diversificação das carteiras.
O Ministério da Fazenda justificou que o ajuste busca manter “equilíbrio” e “corrigir rumos sempre que necessário”. A pasta não informou ainda o impacto final da mudança sobre a arrecadação.