“Governo não protege ninguém”, diz ministro após demitir número 2 da pasta

O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, disse que ao ser informado sobre a prisão preventiva do então secretário-executivo da pasta, Adroaldo Portal, determinou a imediata exoneração dele do cargo.

O agora ex-secretário-executivo, o segundo na hierarquia da pasta, foi alvo da Operação Sem Desconto da Polícia Federal (PF) que cumpriu nesta quinta-feira (18) 52 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão.

A PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) investigam o esquema fraudulento de desconto associativo nos pagamentos dos aposentados e pensionistas do INSS.

Adroaldo teria recebido R$ 250 mil em espécie para facilitar o esquema ilegal de desvio das aposentadorias.

Ele teria mantido reuniões fora da agenda oficial com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos operadores do esquema.

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“Nós seguimos na busca pelos responsáveis. Esse governo não protege ninguém e a prova disso é que há uma ampla liberdade dos órgãos de controle, da CGU, da Polícia Federal, para investigar todas as esferas do governo para que a gente possa encontrar quem foram os responsáveis pelas fraudes, punir e trazer de volta cada centavo”, disse o ministro durante coletiva à imprensa.

Segundo ele, a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é restabelecer a normalidade na pasta. “Nós continuamos com a mesma determinação que nos trouxe aqui, com a qual me comprometi com o presidente da República. Ele me pediu para conter a crise, para cuidar dos aposentados, para estabelecer uma integridade, uma governança no ministério, é o que estamos fazendo”, destaca.

Até o momento, o ministro informa que quatro milhões de aposentados e pensionistas já foram ressarcidos dos descontos não autorizados, chegando a um volume de R$ 2,7 bilhões em pagamentos.

A investigação comandada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União identificou os responsáveis e bloqueou R$ 2,8 bilhões dos investigados pela fraude.

Para o lugar de Portal, Wolney anunciou o novo secretário-executivo, Felipe Cavalcante e Silva, procurador federal da AGU que ocupava o cargo de consultor jurídico no ministério.

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