O governo da Argentina, comandando pelo presidente de extrema-direita, enviou ao Brasil uma lista com 60 nomes de bolsonaristas envolvidos no ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 que estão foragidos no país. O documento foi compartilhado nesta quarta e recebido pelo Itamaraty.
Autoridades argentinas informaram que cerca de dez pessoas que integram a lista já deixaram o país e não há informações sobre seus destinos. O registro migratório compartilhado pelo país registra apenas a informação de que houve a saída de seu território.
O Brasil havia enviado uma lista com 143 nomes de bolsonaristas envolvidos com o ataque e estava foragidos para confirmar a presença deles na Argentina. Apesar do documento enviado pelo governo do país mencionar 60 nomes, é provável que o número seja maior, já que alguns podem ter entrado ou saído do país por fronteiras com pouco monitoramento.
Alguns dos bolsonaristas que fugiram para o país vizinho esperavam receber refúgio da Argentina por Milei ser aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O porta-voz do governo local, Manuel Adorni, afirmou que não existe pacto de impunidade e que o caso é uma questão judicial.
A lista enviada pelo governo argentino foi compartilhada com o Supremo Tribunal Federal (STF), que prepara pedidos de extradição para enviar à Justiça do país. Não há informações sobre a quantidade de bolsonaristas que solicitaram asilo político e aguardam a análise de seus processos.
A Polícia Federal mapeou os envolvidos no 8 de janeiro que estão foragidos e estima que cerca de 180 deles estejam na Argentina, Uruguai e Paraguai. A corporação tem buscado os fugitivos com recursos de inteligência e trabalha com a hipótese de que alguns ainda não tenham sido localizados.
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